sábado, 18 de abril de 2015

Portugal. Reformados protestam contra cortes nas pensões - MURPI




Os reformados, pensionistas e idosos da confederação MURPI protestaram contra a continuação dos cortes nas pensões, em comunicado hoje divulgado, e anunciaram que não vão permitir que a sustentabilidade da Segurança Social seja feita à custa dos seus rendimentos.

Num comunicado intitulado "Governo insiste no saque aos reformados", a Confederação Nacional de Reformados, Pensionistas e Idosos MURPI afirma ter sido "surpreendida" com as declarações da Ministra das Finanças ao anunciar a continuação dos cortes nas pensões dos reformados nos próximos cinco anos.

"Estas declarações vêm no sentido contrário à aprovação, por milhares de reformados, no dia 11 de abril, da exigência do aumento generalizado das suas pensões", afirmam, defendendo que as medidas do Governo "visam a fragilização financeira da Segurança Social e o empobrecimento generalizado da grande maioria dos portugueses".

A MURPI destaca que o Governo reduziu a contribuição das entidades empregadoras, aprovou perdões fiscais que geram mais dívidas à Segurança Social e cortou no ano passado 578,8 milhões de euros nas despesas com prestações sociais.

"O Governo pretende descapitalizar a Segurança Social, degradar o funcionamento dos serviços sociais, com o despedimento de trabalhadores, para promover a privatização da Segurança Social à custa de retrocesso social da sociedade portuguesa", afirma a MURPI, defendendo a urgência de um afastamento deste Governo.

A Confederação apela a todos os reformados e pensionistas a participarem nas comemorações do 25 de abril e do 1º de Maio, continuando a luta pela derrota da política do Governo.

Na quinta-feira, na conferência de imprensa a seguir ao Conselho de Ministros em que foram aprovados o Pacto de Estabilidade e o Plano Nacional de Reformas, a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, anunciou várias medidas para os anos de 2016 a 1019, entre as quais que a Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES), que atualmente se aplica às pensões acima de 4.611,42 euros, vai ser "reduzida para metade em 2016" e em 2017 já não se vai aplicar.

O Governo anunciou ainda que prevê poupar 600 milhões de euros em 2016 com uma reforma do sistema de pensões, mas sem adiantar como pretende fazê-lo, justificando a ausência de pormenores sobre a poupança a obter com a falta de disponibilidade para o diálogo da parte do PS.

Lusa, em Notícias ao Minuto

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