Acusação
é feita pelo segundo eurodeputado eleito pelo Partido da Terra, MPT
Marinho
e Pinto, eurodeputado que foi eleito quando integrava o MPT, está a ser acusado
por um ex-companheiro de partido de desviar verbas.
Em
causa, revela o Expresso, está um jantar-debate organizado por Marinho e Pinto
em Bruxelas na última terça-feira.
“É
inadmissível a utilização de verbas europeias para a promoção de iniciativas de
carácter partidário”, disse ao Expresso José Inácio Faria, autor de um pedido
de esclarecimento enviado a Martin Schülz, presidente do Parlamento Europeu.
O
segundo eurodeputado eleito pelo MPT considera que Marinho e Pinto agiu de
forma ilegal ao realizar um jantar-debate que “foi um autêntico comício
eleitoral de promoção do PDR”, partido que, lembra José Inácio Faria, “não é um
partido do Parlamento Europeu, até porque não existia no momento em que Marinho e Pinto
concorreu e foi eleito”.
Por
isso, considera “abusivo” que os cartazes espalhos pelo Parlamento Europeu e
“por algumas ruas de Bruxelas” albergassem o símbolo do partido criado por
Marinho e Pinto.
“Esta
situação pode, no mínimo, tratar-se de uma situação bizarra e, no máximo, de
uma ilegalidade que configura um desvio de verba”, sublinhou.
Por
seu lado, o ex-bastonário da Ordem dos Advogados descreve a reação do
ex-companheiro de militância como tratando-se de “frustração, raiva, ódio e
incapacidade de iniciativa política”.
“Não
foi o MPT que me elegeu, fui que eu fui eleito para o Parlamento Europeu”,
concluiu.
O
Express entrou em contacto com o porta-voz do Alde, grupo dos Liberais Europeus
a que pertence Marinho e Pinto e José Inácio Faria, que explicou que não existe
qualquer problema, uma vez que embora o PDR não seja um partido que esteja
incluído nas famílias do Parlamento Europeu, o seu responsável, Marinho e
Pinto, é eurodeputado.
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