domingo, 11 de dezembro de 2022

Portugal | Suspeitos de corrupção na Defesa pagam caução para ficar em liberdade

Os três antigos decisores de topo da Defesa Nacional assim como os três empresários detidos na operação da Polícia Judiciária que investiga um esquema de corrupção na Direção-Geral de Recursos da Defesa Nacional (DGRDN) foram, este sábado, libertados pelo Tribunal Central de Instrução Criminal mediante a prestação de uma caução de 200 mil euros.

Segundo apurou o JN, o antigo diretor-geral dos Recursos da Defesa Nacional, Alberto Coelho, o ex-diretor de Serviços de Gestão Financeira, Paulo Branco, e ainda o antigo diretor de Infraestruturas e Património, Francisco Marques, assim como os três empresários também ficaram de entregar os seus passaportes e estão proibidos de contactar com qualquer interveniente no processo.

Recorde-se que os arguidos são suspeitos de corrupção ativa (empresários) e passiva (diretores da Defesa, que são civis), peculato, participação económica em negócio, abuso de poder e branqueamento de capitais. Terão montado um esquema entre 2018 e 2021 que lhes permitiu lucrar cerca de 500 mil euros com contratos e adjudicações na DGRDN. Seriam obras fictícias contratadas para quartéis e edifícios do Ministério da Defesa Nacional, como o antigo Hospital Militar de Belém, em Lisboa. Inicialmente, a remodelação do edifício estava orçamentada em cerca de 750 mil euros, mas acabou por custar cerca de 3,2 milhões.

Alexandre Panda | Jornal de Notícias

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