sábado, 4 de agosto de 2012

Brasil: Mercosul quer avançar para integração produtiva, diz assessor da PR brasileira



FYB - Lusa

São Paulo, Brasil, 04 ago (Lusa) - O Mercosul quer manter a atual integração económica e adicionar-lhe a integração produtiva, afirmou na sexta-feira o assessor especial para Assuntos Internacionais da presidência brasileira, Marco Aurélio Garcia, num encontro com a imprensa estrangeira, em São Paulo.

"O Mercosul não pode ser fundado somente no comércio, o que até seria bom para o Brasil, mas criaria dificuldades para outros membros", afirmou Garcia, realçando que a região é privilegiada por possuir tanto recursos energéticos, como alimentos e um grande mercado consumidor.

O assessor defendeu a entrada da Venezuela no Mercosul, concretizada na última terça-feira, em Brasilia, capital do Brasil, e afirmou que o bloco poderá ajudar a alavancar a economia venezuelana com foco no desenvolvimento da agricultura e da indústria no país.

O ingresso da Venezuala foi polémico porque não contou com a aprovação de um dos fundadores do Mercosul, o Paraguai, que está suspenso desde a impugnação do ex-presidente Fernando Lugo, no fim de junho.

Garcia reafirmou que o Paraguai voltará ao Mercosul após a realização de eleições no país, e que terá de se adequar na lógica do bloco, ao lado da Venezuela.

O assessor especial disse ainda discordar do relatório feito pelo secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, que aponta que não houve quebra da ordem democrática no Paraguai.

Garcia previu que o relatório não deve ser aprovado quando submetido à apreciação dos estados membros, e que o mesmo deve acontecer com a proposta de suspensão do Paraguai do bloco.

"Esse é um problema que não fortalece a OEA, mas a debilita", afirmou.

Sobre a situação na Síria, Garcia afirmou que o Brasil apoia nas Nações Unidas a moção de censura ao Conselho de Segurança, por este ter fracassado em impor medidas mais duras contra o regime do Presidente Bashar al-Assad.

O assessor disse ainda ser contra o envio de mais armas à Síria e rejeitar uma solução militar igual à que foi desencadeada na Líbia que, segundo ele, teve efeitos negativos nos países vizinhos.

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