sábado, 6 de agosto de 2011

PALOP e Timor-Leste: Governo angolano prevê desenvolver museus comunitários




ANGOLA PRESS

Cidade da Praia (Dos enviados especiais) - O Governo Angolano prevê criar e desenvolver, até 2013, museus regionais e comunitários, bem como implementar um sistema nacional de arquivos, anunciou hoje o conselheiro de imprensa e Cultura da Embaixada de Angola na Guiné Bissau, Rui Vasco.     

A fonte avançou a informação no encontro dos Directores Nacionais de Cultura dos PALOP e Timor-Leste, que decorre na Cidade da Praia, tendo afirmado que esta aposta do Governo Angolano e dos seus parceiros nacionais e internacionais visa promover uma economia de cultura, através das indústrias culturais e do desenvolvimento do turismo cultural.

Incentivar a criação e difusão cultural, garantir um suporte legal, institucional e profissional das actividades culturais, nos domínios da cultura, investigação, formação de quadros, criação de direitos autorais, capacitação e elaboração de legislação sobre mecenato e dos direitos de propriedade intelectual são também apostas do Governo angolano, segundo Rui Vasco.

Neste âmbito, o Governo Angolano está a trabalhar  prioritariamente na consolidação e renovação dos museus existentes, reestruturação dos seus projectos científicos e culturais, com destaque para a renovação do Museu do Dundo, Lunda Sul, leste do país.  

O conselheiro de imprensa e Cultura reafirmou que Angola tem um plano de desenvolvimento de médio prazo no domínio da Cultura, para o período 2009-2013,  que visa incentivar a preservação da identidade cultural nacional nas suas formas multifacéticas, no quadro de uma estratégia de forja da angolanidade, respeitando a diversidade das suas expressões e fomentando a produção e o consumo culturais.

Esse plano, explicou, visa igualmente alargar o leque de escolhas culturais, sem colocar em perigo as suas referências identitárias e no respeito a uma orientação estratégica destinada a estimular uma cultura de responsabilidade solidária, que leve as populações e sociedade civil a identificar, proteger e valorizar o património histórico, natural e cultural.

“Para tal, impõe-se a valorização do património histórico e cultural, com a recuperação de sítios históricos e culturais, a dinamização de redes nacionais de museus, arquivos e bibliotecas, o acesso à cultura, através da construção e reconstrução de recintos de espectáculos e apoio à difusão de novas tecnologias”, referiu o representante angolano.

No domínio da salvaguarda do património cultural imaterial, prosseguiu Rui Vasco, prevê-se desenvolver e promover as línguas nacionais, como importante repositório da memória comum e veiculo da cultura, através do sistema de ensino e outros domínios de utilização, como a comunicação social.

Sobre o património cultural imóvel, o representante angolano explicou aos presentes que o pais possui actualmente 225 monumentos e sítios classificados, repartidos em património real, colonial, religiosos, paisagístico e arqueológico.

“A cidade de Mbanza Congo, o projecto do corredor do Kwanza, no Norte do país, e as pinturas rupestres de Chitundulo, no Namibe, Sul de Angola, são projectos inscritos na lista do património mundial na UNESCO”, referiu.     

De acordo com Rui Vasco, o Governo angolano está a trabalhar no levantamento do que são considerados patrimónios militar, com destaque para as fortalezas construídas pelo poder colonial e do património da luta de libertação, particularmente as cadeias, onde durante anos  estiveram presos os combatentes da liberdade.

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