segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Moçambique: CHISSANO DIZ QUE DHLAKAMA DEVE SER ACARINHADO

 


Arsénio Henriques e Clemêncio Fijamo – O País (mz)
 
Tensão política
 
O signatário dos Acordos Gerais de Roma e antigo Chefe de Estado, Joaquim Chissano, defende que o líder da Renamo merece um tratamento especial de modo a sentir-se confortável, o que pode levá-lo ao diálogo.
 
O ex- Presidente da República, Joaquim Chissano, não escondeu a sua apreensão em relação ao actual clima de tensão político-militar que o país atravessa. Falando ao “O País”, no último sábado, no histórico bairro da Mafalala, onde se deslocou para testemunhar uma homenagem a Eusébio da Silva Ferreira, através de uma partida de futebol, o signatário dos Acordos de Roma assumiu que o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, merece uma atenção especial perante o cenário político actual.
 
“Todos nós precisamos da paz e que ninguém aceite ser arrastado para a guerra, seja por quem for. Esperamos que um dia a razão prevaleça e que o diálogo aconteça, pois não queremos que ninguém perca, todos devem ganhar. Por isso, acho que devíamos acarinhar o senhor Dhlakama, para que aceite vir ao diálogo”, frisou o ex-estadista.
 
Por outro lado, o antigo Chefe do Estado diz que se pode encontrar a solução do impasse político sem que seja necessária a presença de observadores internacionais, mas alerta que, ao nível actual do assunto, um diálogo ao mais alto nível traria soluções imediatas.
 
“Se (o diálogo) fosse ao mais alto nível, havia de cortar as coisas pelo meio e muito rapidamente se resolvia o problema, mas ainda restam certas dúvidas em saber o que realmente o líder da Renamo pretende... É preciso que haja pessoa capaz de tomar decisões pertinentes”, afirmou Chissano.
 
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