Segunda – Feira 15 de Janeiro de
2018 deverá ficar na história do regime democrático são-tomense. Ninjas,
enviados pelo Ministro da Defesa e da Administração Interna, Arlindo Ramos,
ocuparam o edifício do parlamento em missão de segurança do Estado.
Os Ninjas que formam o Grupo de
Intervenção e Segurança da Polícia Nacional, expulsaram deputados do
parlamento, principalmente os deputados da oposição, para permitir que os
deputados da bancada da ADI que sustenta o Governo, elegessem os 5 juízes do
Tribunal Constitucional Autónomo.
Ninjas, e outras forças de
segurança no interior do parlamento para “manietar” os 22 deputados da oposição
que contestam a constitucionalidade do Tribunal Constitucional Autónomo, a luz
do acórdão do Supremo Tribunal de Justiça.
Ninjas, também diante do edifício
do parlamento para dissuadir os cidadãos que foram protestar contra a
constituição do Tribunal Constitucional Autónomo.
Ninjas ainda, para separar e dar
segurança aos milhares de militantes e apoiantes do partido ADI, que se
concentraram diante do parlamento em apoio aos deputados do poder e ao líder do
poder instalado, o Primeiro Ministro Patrice Trovoada.
Derrotados, e expulsos pelos
Ninjas, os partidos da oposição apelaram a resistência civil. «Pedimos que as
pessoas resistam a isto, porque São Tomé e Príncipe, não é Gabão. Não
reconhecemos essa decisão. Não é possível que uma decisão possa ser tomada no
parlamento a “manus militari”, em que os militares colocam pela força os
deputados da oposição para fora da Assembleia. Há um golpe Institucional que
está a ser preparado para que São Tomé e Príncipe seja a imagem do que está
a passar no Gabão», declarou Arlindo Carvalho, Presidente do partido PCD.
O Presidente do PCD, reagiu no
meio da multidão que preencheu a rua diante da Assembleia Nacional, durante a
manhã de 15 de Janeiro.
Facto indismentível é que os 5
juízes que formam o primeiro tribunal constitucional autónomo foram propostos e
eleitos com os votos de 32 deputados da bancada parlamentar da ADI.
Note-se que será o novo Tribunal
Constitucional Autónomo que terá a missão de dirigir os actos eleitorais deste
ano, nomeadamente às eleições legislativas.
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