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| Norberto Garcia, MPLA, diz que não há intimidação |
UNITA preocupada com aumento de atos de intimidação contra o partido
06 de Agosto de 2012, 14:06
Luanda, 06 Ago (Lusa) - A UNITA, oposição em Angola, manifestou hoje em Luanda a sua preocupação face à "multiplicação de atos de intimidação", que acusa serem efetuados por "jovens vestidos com as cores e símbolos do partido no poder", o MPLA.
A chamada de atenção foi feita pelo porta-voz do partido, Alcides Sakala, em conferência de imprensa que serviu de balanço à primeira fase da campanha eleitoral, iniciada a 31 de julho, e igualmente sobre as trocas de acusações com a Comissão Nacional Eleitoral (CNE).
Segundo Alcides Sakala, os atos intimidatórios, que se verificaram nas províncias de Luanda, Benguela e Uíge, têm como propósito "fomentar distúrbios eleitorais".
"Pela natureza e pela organização destas ações entendemos que fazem parte de uma estratégia bem definida a que se acresce um discurso, que ainda evoca o passado, conforme as palavras proferidas pelo ministro Kundi Paihama, em Benguela, a que se associa também a movimentação em zonas rurais de pequenos contingentes de forças militares e da Polícia de Intervenção Rápida (PIR)", acusou aquele político.
Alcides Sakala considerou ainda que se trata de uma estratégia que "visa incutir o medo e condicionar o voto".
"Entendemos que se deve preparar a transição pós Eduardo dos Santos com um clima de tranquilidade que permita consolidar o processo democrático", referiu.
Instado a comentar acusações contra a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), de atos idênticos na província de Benguela por parte de militantes desta força política contra a coligação CASA-CE, o porta-voz da UNITA disse que elas não chegaram ao conhecimento do partido.
"Não nos chegou nada até agora oficialmente, mas o que nós levantamos aqui são experiências que nós vivemos diretamente", acrescentou.
No caso de Benguela, os confrontos ocorridos entre militantes da UNITA e do MPLA ocorrerem depois de propaganda dos dois partidos ter sido mutuamente destruída, tendo-se registado incidentes.
A Lusa contactou o porta-voz do Comando Provincial da Polícia Nacional de Benguela, superintendente-chefe Vicente Nogueira, que confirmou terem sido detidos na passada sexta-feira três indivíduos envolvidos nos confrontos entre militantes da UNITA e MPLA.
Entre os detidos confirmados pela polícia, encontra-se o secretário municipal de Benguela da UNITA, Calisto Kavoli.
Os detidos aguardam ser apresentados a um juiz que decidirá se aplicará uma medida punitiva.
A Lusa contactou igualmente o secretário provincial da UNITA, Alberto Ngalanela, que confirmou somente a detenção de Kavoli.
As inquietações levantadas pela UNITA são também com relação ao que designa de "tratamento desigual" dado às atividades de campanha eleitoral dos partidos e coligações concorrentes, com vantagem para o partido no poder, o MPLA.
"O partido no poder excede a divulgação dos seus atos, fazendo das suas emissões um tempo de antena por excelência", acusou.
A UNITA considerou "satisfatória" a primeira semana de campanha, anunciando para esta semana a incursão do seu líder nas províncias do Kwanza Norte, Malange e Lunda Sul e Lunda Norte.
A nível de Luanda estão a ser intensificadas as campanhas cívicas, com a distribuição de material de propaganda nas principais vias públicas da capital e nos mercados.
NME/EL.
Férias forçadas nas escolas até 10 de setembro
06 de Agosto de 2012, 13:14
Luanda, 06 ago (Lusa) - Os alunos de todos os níveis de ensino em Angola entraram hoje em férias, forçadas pela campanha eleitoral em curso para as eleições gerais de 31 deste mês, segundo um comunicado do Ministério da Educação.
O ano letivo é retomado a partir de 10 setembro.
Segundo o comunicado, o reajustamento deve-se à participação de professores nas eleições.
O período de testes previsto para terem início hoje e prolongarem-se até ao dia 11, foi assim adiado para os dias 10 e 11 de setembro.
Os resultados e afixação das pautas deverá ocorrer no período de 11 a 22 de setembro.
Angola vai no dia 31 de agosto às urnas, para eleger diretamente 220 deputados e, por via indireta, o Presidente e o vice-Presidente da República, cargos para que serão designados os dois primeiros nomes da lista mais votada no círculo nacional.
EL.
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