O deputado Armindo
Milaco, da Renamo, principal partido da oposição moçambicana, morreu no ataque
de segunda-feira à base do movimento pelo exército moçambicano, disse hoje à
Lusa o porta-voz da bancada parlamentar do partido, Arnaldo Chalaua.
O líder da Renamo
(Resistência Nacional Moçambicana), Afonso Dhlakama, alguns dos seus
colaboradores mais próximos e elementos da sua guarda pessoal encontram-se em
lugar incerto, depois de a residência do líder partidário, no centro do país,
ter sido tomada pelas forças de defesa e segurança moçambicanas.
Em declarações à
Lusa, o porta-voz da bancada parlamentar da Renamo, Arnaldo Chalaua, disse que
o deputado Armindo Milaco morreu em consequência dos ferimentos que contraiu
durante a ofensiva do exército.
"Soubemos hoje
da morte do deputado Armindo Milaco, aconteceu hoje no intervalo entre hoje e o
dia da agressão movida pelas Forças Armadas de Defesa de Moçambique na
segunda-feira", disse Arnaldo Chalaua.
O porta-voz da
bancada parlamentar da Renamo considerou a morte "uma grande perda"
para o partido, uma vez que Armindo Milaco era também chefe nacional para a
mobilização do movimento, mas uma baixa igualmente para a Assembleia da
República, dado que era um "deputado interventivo e membro do Conselho de
Administração" do parlamento moçambicano.
O chefe de Estado
moçambicano, Armando Guebuza, justificou o assalto à base da Renamo como
legítima defesa por parte do exército moçambicano, afirmando que vinha sendo
alvo de ataques por parte dos homens armados do movimento.
O líder da Renamo
instalou-se na base, em Sadjunjira, província de Sofala, como forma de
protestar contra a alegada ditadura da Frente de Libertação de Moçambique
(Frelimo), partido no poder, face à recusa desta força política em aceitar a
exigência da oposição de incorporar o princípio da paridade na lei eleitoral.
Sapo TL/Diário
Digital/Lusa
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