Sydney,
Austrália, 16 fev (Lusa) -- A Austrália promete esgotar todas as opções legais
para impedir que dois cidadãos sejam executados na Indonésia, afirmou o
primeiro-ministro, Tony Abbott.
"Eu
não quero propalar falsas esperanças mas quero que todos compreendam (...).
Estamos a tentar todos os esforços para ajudar estas pessoas", disse
Abbott em declarações aos jornalistas.
Andrew
Chan, de 31 anos, e Myuran Sukumaran, de 33, no corredor da morte desde 2006,
arriscam ser executados pelo pelotão de fuzilamento como cabecilhas do chamado
grupo dos nove, que se dedicava ao tráfico de heroína da ilha de Bali para a
Austrália.
Não
foi ainda anunciada a data das execuções, mas os governos com prisioneiros no
corredor da morte na Indonésia foram convidados a dirigirem-se ao Ministério
dos Negócios Estrangeiros hoje para uma explicação sobre o processo depois de
rejeitados os apelos de clemência.
O
jornal The Sydney Morning Herald noticiou que seis juízes que proferiram as
penas de morte foram acusados pelos advogados dos condenados de terem oferecido
sentenças mais leves em troca de dinheiro.
A
alegação está patente numa carta dos advogados endereçada ao comité judicial da
Indonésia, na qual se reivindica uma violação à ética, informa o mesmo jornal,
indicando que os advogados acrescentaram que os juízes foram pressionados por
"certas partes" no sentido de proferir penas de morte.
Abbott
não quis comentar as alegações de corrupção.
"O
que nós percebemos é que ainda existem opções legais disponíveis para estes
dois australianos e as suas equipas jurídicas", afirmou.
"Vamos
tentar garantir que esgotamos todas as opções legais antes que algo atroz,
final e irrevogável aconteça", realçou Abbott.
DM
// FV
Sem comentários:
Enviar um comentário