Mário Motta, Lisboa
A
direita, os porteiros e mordomos do neoliberalismo-fascista, estão a acelerar a
queda do governo. Entre eles está Marcelo Rebelo de Sousa. O PR está a ganhar
balanço para dar p’ra trás ao governo de Costa, governo apoiado pela esquerda
parlamentar. Os indícios são variados.
Sendo
alegadamente democrático o PR deve recordar-se que não perguntaram aos portugueses
se realmente queriam aderir à então CEE, hoje a dita União Europeia. Nem foi
feito referendo ao tratado de Maastricht, etc. Certo é que Portugal tem vindo a
perder soberania e anda ao sabor das exigências de uma pseudo União Europeia
que mais não faz que servir os interesses da alta finança global, das corporações
do 1%, em detrimento dos países e dos povos – principalmente os do sul da
Europa. Esta é uma evidência quase todos os dias manifestada pelos que detêm os
poderes na pseudo União. Muitos deles nem sequer eleitos pelos eleitores em
sufrágio direto e democrático.
O
desagrado e descrédito na pseudo União Europeia revela-se estrondosamente nas
eleições para a mesma. A abstenção em Portugal é enorme, superior a 60 por
cento. Noutros países europeus acontece exatamente o mesmo. Não será isso um indício
categórico de negação a pertencer à UE? Uns dizem que sim, outros que não.
Assim
sendo só existe um modo de clarificar a situação sem sobras de dúvidas: um
referendo aos portugueses.
Por
tal não se compreende que o PR, tão “aberto”, tão “democrático”, tão português,
tão tanta coisa do melhor, não aceite a realização de um referendo sobre a
integração de Portugal na União Europeia… ou não.
Fazer
o referendo custa dinheiro. Pois. Então urge começar a cortar nas reformas
douradas, nos vencimentos dourados de gestores e restante pandilha, nos subsídios
e outras subvenções douradas que os dos poderes e das ilhargas douradas recebem
sem que se justifique e até sejam imorais. Cortar nas mordomias também é
importante. A democracia de facto exige-o. Ora, ora. Pois.
Marcelo
diz que não a isso tudo. E do referendo sobre pertencer ou não à UE finca o pé.
O democrata. Aliás, um mascarado de democrata. Ou democrata ma non tropo. Só porque assim é teme
atos democráticos e escorreitos que diz serem “inadmissíveis”.
A
vida custa, Costa. Vá de dar cabeçadas nas suas próprias convicções pseudo-socialistas e de laivos centro-direita. E Marcelo não é flor que se cheire. O populismo do PR
esvanece quando ele mostra a sua raça. E todos sabemos que a cor da raça de
Marcelo é antagónica a certos preceitos e exigências da preservação de uma
sociedade democrática. Consultar os portugueses sobre os que os estão a
invadir, a aniquilar, a explorar, a subjugar, a pretender iludir, é “inadmissível”
– no entender de Marcelo Rebelo de Sousa, PR. O tal de que a D. Micas, anciã
octogenária, dizia: “É tão bonzinho para o povo. Tão simpático. Tão patriota. Tão
simples. Tão justo…” Pois. Vamos ver como vai ser.
O
“democrata” Marcelo Rebelo de Sousa está à vista e a desnudar-se. O tempo
comprovará que a sua máscara está a esfarelar-se. Começaram os tempos dos
desenganos para os que se têm deixado enganar. Lá virá o tempo em que veremos
que o PR vai nu e não corresponde à figura que pensaram ser, tal qual aconteceu
com Cavaco Silva. Eis Marcelo, um pseudo-democrata a defender a pseudo-União
Europeia dominada pela sua família política neoliberal-fascista. (MM / PG)
Marcelo. Seria
"inadmissível" referendo em Portugal sobre "pertença à
Europa"
O
Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou hoje inadmissível
a realização em Portugal de um referendo sobre a pertença à União Europeia (UE)
ou a vinculação a tratados ou pactos celebrados no quadro europeu.
Na
abertura da 'Grande Conferência Europa' do Diário de Notícias, no Pátio da
Galé, em Lisboa, o chefe de Estado defendeu que "a resposta só pode ser
mais Europa, e não menos Europa", e considerou um erro "as aventuras
referendárias que pululam sobre os temas mais variados, como a organização
constitucional dos Estados ou a questão dos refugiados" noutros Estados-membros
da UE.
"Ou,
por maioria de razão, o que seria uma aventura referendária nomeadamente em
Portugal, e por isso inadmissível para o Presidente da República, seja um
referendo sobre a pertença à Europa ou um referendo sobre a vinculação a
tratados ou pactos celebrados no quadro europeu", acrescentou.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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