domingo, 12 de junho de 2011

Indonésia: PR afirma que a Ásia Oriental pode liderar recuperação económica mundial




CSR - LUSA

Jacarta, 12 jun (Lusa) -- O presidente da Indonésia, Susilo Bambang Yudhoyono, afirmou hoje que a Ásia Oriental pode liderar a recuperação económica mundial e destacou que os países da região ocupam o centro da globalização.

"O momento da Ásia Oriental como centro da globalização chegou", disse Yudhoyono na abertura, em Jacarta, do XX Fórum Económico Mundial (FEM) para a Ásia Oriental, que acontece até segunda-feira, que tem como tema "Responder a nova Globalização".

"A Ásia tem de estar no centro, tem a matéria-prima, as ideias e a confiança para ocupar este lugar", considerou o responsável indonésio diante de mais de 500 empresários e representantes governamentais reunidos esta manhã na capital indonésia.

Segundo Yudhoyono, a Ásia pode liderar o resto do mundo na recuperação económica com sua "colaboração na construção de uma economia mais sólida, diante das inseguranças que se poderiam criar no campo dos alimentos, água e energia, e convertendo a inovação como peça chave".

O líder indonésio destacou "o mais importante recurso asiático: a juventude e considerou que "sendo a Ásia o continente com maior número de etnias, deve-se converter num exemplo para a vida pacífica no mundo multicultural."

O presidente indonésio sublinhou que os países em vias de desenvolvimento necessitam da cooperação das empresas "para reduzir a pobreza e criar empregos, sempre respeitando o meio ambiente."

Por seu lado, o primeiro-ministro de Singapura, Lee Hsien-Loong, pediu, no mesmo evento, uma maior integração na Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) para poderem estar a altura da "crescente importância da China e também da Índia."

"Se os países da ASEAN não são capazes de caminhar juntos, não podemos seguir o impulso dado pela China e Índia", declarou o responsável de Singapura.

A ASEAN aspira criar um mercado comum até 2015 e é composta por Birmânia, Brunei, Camboja, Filipinas, Indonésia, Singapura, Laos, Malásia, Tailândia e Vietname.

O líder de Singapura acrescentou que não daria boas-vindas a um repentino aumento da moeda da China, no entanto, apontou que "um aumento gradual" do yuan favoreceria a China e sua economia.

Na sua opinião, o processo deveria levar a uma correção no valor das divisas, que se traduzem num maior fortalecimento das moedas do mundo emergente e uma maior debilidade das divisas dos países desenvolvidos.

A China nega-se a valorizar a sua moeda, uma correção que muitos países pedem desde o início da crise financeira, já que sustenta que o yuan está depreciado artificialmente para favorecer as exportações chinesas.

Sem comentários:

Mais lidas da semana