domingo, 12 de junho de 2011

Há vontade política para livre circulação de pessoas e bens, mas existem condicionantes




MSE - LUSA

Bissau, 12 jun (Lusa) -- O secretário de Estado da Ordem Pública da Guiné-Bissau disse hoje que há vontade política para a livre circulação de pessoas e bens no espaço da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), mas advertiu que há condicionantes.

"Há vontade política, mas há também compromissos políticos que têm de ser tidos em conta no quadro das organizações e instituições de que cada país faz parte", afirmou à Agência Lusa Octávio Alves.

Segundo o secretário de Estado guineense, os "países da CPLP estão inseridos em espaços geográficos, políticos e económicos diferenciados e cada um tem de cumprir no seu espaço geográfico as obrigações decorrentes de pertença a essa estrutura".

"Transpor essas dificuldades que resultam da pertença a várias organizações não é fácil, mas mesmo assim os países têm vindo a fazer esforços no sentido de facilitar, na medida do possível e sem pôr em causa os compromissos internacionais que cada Estado tem, a circulação de pessoas dentro do espaço CPLP", salientou.

"Cada vez mais há maior empenho em que isso se concretize, mas também temos de ter em conta que alguns países padecem de alguns problemas a nível interno que podem dificultar a implementação daquele propósito", disse Octávio Alves.

"Alguns fenómenos anormais que acontecem em alguns países dificultam que se faça a aplicação plena do propósito da livre circulação de pessoas e bens", disse, destacando a situação da Guiné-Bissau, com a fragilidade de controlo de fronteiras e a questão do narcotráfico.

"No caso do nosso país, o controlo das estruturas das fronteiras, os passaportes, a questão do tráfico de droga levam a que os países tenham mais cautela no controlo da entrada de cidadãos, ainda que sejam da CPLP, nos respetivos territórios", disse.

*Foto em Lusa

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