quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Moçambique: NARCOTRÁFICO PODE FRAGILIZAR ESTADO - responsável



AYAC - Lusa

Chimoio, Moçambique, 02 ago (Lusa) - O narcotráfico pode fragilizar o Estado moçambicano, à semelhança de outras nações africanas, devido às crescentes tentativas de introdução de drogas no país, defendeu, hoje, em Gondola, centro de Moçambique, o responsável pelo Gabinete de Combate à Droga.

Alfredo Dimande, diretor nacional do Gabinete Central de Prevenção e Combate à Droga (GCPCD), disse que embora com alguma oscilação, a ação dos narcotraficantes é preocupante, e apelou à coesão das instituições intervenientes no seu combate, para que "não se caia na desarticulação total e completa" perante o fenómeno.

"A situação da droga no nosso país è deveras preocupante (...), e isso pode concorrer para que tenhamos um país bastante fragilizado exatamente por causa do consumo e tráfico ilícito da droga, devido à ação de narcotraficantes. Há estados que estão bastante enfraquecidos por causa da ação intensa dos narcotraficantes", referiu Dimande, em declarações à agência Lusa.

Atualmente, disse, várias iniciativas de prevenção incidem em jovens e adolescentes, para evitar que caiam na vasta teia do crime organizado e transnacional.

"Há um empenho extraordinário para debelar" a ação dos narcotraficantes "para que o país não fique fragilizado, pois a todo custo se esforçam para introduzir drogas", disse Dimande.

"Há uma vasta panóplia de intervenientes no processo de prevenção" acrescentou o responsável pelo GCPCD, durante a oitava reunião nacional do organismo, hoje iniciada em Gondola.

Nos últimos 18 meses, ações policiais em Manica conduziram à instrução de 50 processos, por tráfico e consumo ilícito de drogas, contra 48 cidadãos nacionais e dois nigerianos. No mesmo período, 41 moçambicanos foram condenados por consumo de droga.

Em 2011, em Moçambique foram apreendidas 31,6 toneladas de soruma (canábis), quase 10 vezes mais do que em 2010, das quais, 94,2 por cento em Manica. Igualmente foram apreendidas 48 toneladas de haxixe (contra 10 toneladas em 2010).

Foram detidos 71 cidadãos nacionais por tráfico, 233 por consumo e sete por produção de drogas, sendo que 20 foram condenados, e 47 estrangeiros, entre sul-africanos, tanzanianos e nigerianos, foram indiciados por tráfico e consumo ilícitos de drogas.

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