quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Angola: COMBATE À MÁ-NUTRIÇÃO, MILHÕES DE INVESTIMENTO, ATRAÇÃO CAPITAL

 


Criado programa para combater má nutrição que afeta cerca de 500 mil crianças em Angola
 
06 de Novembro de 2012, 11:54
 
Luanda, 06 nov (Lusa) - O Governo angolano lançou hoje na província do Kuanza Sul um programa de gestão comunitária para combater a má nutrição, que poderá atingir cerca de 500 mil crianças nas dez províncias mais afetadas pela seca.
 
O anúncio consta de um comunicado do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), distribuído hoje em Luanda e que refere que o Governo de Angola e os seus parceiros pretendem dar "uma resposta adequada" à situação, com ações de sensibilização da população sobre como se prevenirem da malnutrição.
 
O documento acrescenta que o decréscimo em 60 por cento na queda de chuva em todo o país há mais de um ano conduziu a uma situação de estiagem com graves consequências nas províncias do Zaire, Bié, Huambo, Kuanza Sul, Cunene, Huíla, Bengo, Benguela, Moxico e Namibe.
 
Para fazer face à estiagem e à má nutrição, as autoridades angolanas preveem formar mais de 2.000 ativistas comunitários de saúde, que vão visitar e sensibilizar cerca de 350 mil famílias nas províncias do Kuanza Sul, Zaire, Huambo e Bié, as que enfrentam uma situação mais severa.
 
Os ativistas vão ensinar as famílias a prevenir a má nutrição nas crianças até cinco anos e realizar uma primeira despistagem de crianças com má nutrição aguda e moderada, encaminhando os casos mais graves para as Unidades Especiais de Nutrição mais próximas.
 
Ainda segundo a nota da UNICEF, a estiagem fez diminuir em mais de 400 mil toneladas a produção agrícola, que afetou a segurança alimentar de aproximadamente 1,8 milhões de pessoas.
 
O Governo angolano conta com o apoio nesta tarefa das Nações Unidas e da organização não-governamental norte-americana World Vision.
 
Também o bispo da diocese de Caxito, António Jaka, manifestou a sua preocupação pela falta de chuva que afeta a província do Bengo, no norte de Angola, receando que a situação de falta de alimentos venha a piorar se a situação de estiagem se mantiver.
 
António Jaka, em declarações à imprensa, disse que apesar de já terem caído algumas chuvas, elas ainda são escassas para reverter a situação que afeta sobretudo a zona dos Dembos, Ambriz e Nambuangongo.
 
"Nós, através da Cáritas, estamos preocupados com isso, agora começou a chover um pouco, mas temos notado que as chuvas escasseiam. Nas minhas visitas pastorais, sobretudo na zona dos Dembos, noto que a situação tem afetado as populações, na zona do Ambriz também", referiu o bispo.
 
NME // VM.
 
Assinados contratos de investimento nacional e estrangeiro em Angola no valor de 18,8 M euros
 
06 de Novembro de 2012, 18:17
 
Luanda, 06 nov (Lusa) - A Agência Nacional para o Investimento Privado (ANIP) de Angola assinou hoje, em Luanda, 11 contratos com investidores angolanos e estrangeiros, no valor global de 18,8 milhões de euros.
 
Segundo a agência noticiosa angolana Angop, os contratos foram assinados com representantes de empresas de confeções, de conservação e comercialização de produtos agropecuários, construção civil, prestação de serviços e indústria.
 
Os contratos de investimento vão assegurar a criação de 722 novos postos de trabalho, disse na ocasião Luís Domingos, do Conselho de Administração da ANIP, entidade pública responsável pela execução da política angolana relativa ao investimento privado, promoção, coordenação e supervisão.
 
Os investimentos em Angola estão subordinados à lei do investimento privado, em que o valor mínimo é de 100 milhões de kwanzas (cerca de 800 mil euros).
 
EL //EJ.
 
Mercado imobiliário em Angola tem taxas de retorno de investimento "bastante atrativas" - estudo
 
07 de Novembro de 2012, 08:33
 
Luanda, 07 nov (Lusa) - Os investimentos imobiliários em Angola, apesar da fase embrionária em que se encontram, estes apresentam "taxas bastante atrativas" no retorno de verbas, entre os 16% e 19% para o mercado de escritórios e 12% e 17% no residencial.
 
A conclusão consta de um estudo sobre o mercado imobiliário em Angola realizado pela Zenki Real Estate, a que a agência Lusa teve acesso.
 
Segundo o documento, o mercado de investimento no setor continua numa fase embrionária devido a falhas na regulamentação do mercado de arrendamento e na titularidade dos imóveis, que ainda não foram resolvidas.
 
Todavia, devido à crescente procura por parte de grandes empresas petrolíferas, o mercado residencial tem vindo a ganhar uma posição forte, tornando-se muito atrativo para os investidores nacionais e privados.
 
"Angola é ainda um país com um risco elevado (investimento no setor imobiliário), que, associado ao perfil dos investidores nacionais, torna expectável a sustentação das yields (taxas de rendimento líquido) de mercado em níveis altos, durante os próximos anos", lê-se no documento da Zenki Real Estate, que integra a CBRE, a maior rede internacional de consultores de imobiliário, liderada pela Richard Ellis.
 
O documento adianta que atualmente a oferta de escritórios na cidade de Luanda é ainda incipiente face à procura, salientando que a taxa de ocupação nos edifícios recentemente concluídos estima-se nos 90%, situação que tem elevado os valores de arrendamento que se praticam em imóveis recentes.
 
Os preços de venda de área bruta (AB) de escritórios são em média de 6.600 euros o metro quadrado e os valores de arrendamento variam entre os 94 e 140 euros/mês o metro quadrado, na zona baixa da cidade, junto à baía de Luanda.
 
Para a zona alta da cidade, os valores de venda estão numa média de 5.850 euros por metro quadrado (AB), e para arrendamento os preços variam entre os 78 e os 94 euros/mês o metro quadrado.
 
O estudo revela que no segmento residencial a procura por fogos recentemente concluídos é "boa", especialmente por parte de empresas que requerem um elevado número de unidades para o alojamento dos seus quadros.
 
Relativamente aos preços praticados, na baixa de Luanda os preços de venda situam-se numa média de 7.000 euros o metro quadrado por AB e os valores de arrendamento oscilam entre os 66 e os 85 euros o metro quadrado/mês. Já na zona alta, os preços de venda reduzem para 5.460 euros o metro quadrado e os valores de arrendamento para um intervalo entre os 55 e os 66 euros/mês o metro quadrado.
 
A análise destaca que a oferta em Luanda é essencialmente caracterizada por fogos localizados em empreendimentos mistos de escritórios e habitação, que é dirigida ao segmento médio-alto e luxo.
 
Neste caso, o estudo salienta que "a compra de apartamentos novos e de qualidade, por parte da classe alta, tem vindo a abrandar devido à dimensão reduzida deste segmento".
 
Na vertente do comércio, o estudo identificou que a oferta varia entre empreendimentos recentes e varia entre a típica loja com frente para a rua em pisos térreos, as mais procuradas por instituições bancárias, agências de seguros e telecomunicações, às grandes galerias comerciais situadas nos embasamentos dos edifícios.
 
Essa procura, como descreve o documento, continua a ser maioritariamente efetuada por operadores locais ou de origem africana, sendo ainda reduzido o interesse de operadores internacionais, que no entanto poderá despertar-se com a conclusão de grandes superfícies comerciais em construção, sobretudo nas áreas de moda, acessórios e restauração.
 
As rendas de lojas de rua variam entre os 39 e 62 euros o metro quadrado/mês em espaços remodelados e os 78 e 101 euros em espaços situados em edifícios novos. Os valores de venda destes últimos situam-se entre os 4.680 e os 7.020 euros o metro quadrado.
 
NME // HB
 
*O título nos Compactos de Notícias são de autoria PG
 
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