Líderes
de movimento pró-democracia negam interferência de "forças externas"
20
de Outubro de 2014, 20:22
Hong
Kong, China, 20 out (Lusa) -- Os líderes do movimento pró-democracia negaram
hoje com veemência as declarações do chefe do executivo de Hong Kong, que
afirmou que "forças externas" estariam a orquestrar as manifestações
em massa.
Num
programa de televisão emitido no domingo à noite, o responsável pelo executivo
de Hong Kong, CY Leung, culpou as forças estrangeiras pelos protestos em curso
na cidade chinesa, mas recusou-se a identificá-los.
As
declarações de Leung foram consideradas ridículas pelos líderes do movimento,
que insistiram que este foi criado pela necessidade dos habitantes locais por
mais liberdades democráticas e pelo crescente descontentamento em relação à
desigualdade.
"Os
meus vínculos com os países estrangeiros estão limitados ao meu telemóvel
coreano e ao meu Gundam (uma série animada com robôs) japonês. E claro todos
estes são `Made in China´", disse no domingo, pela rede social Facebook,
um dos líderes do movimento, o jovem Joshua Wong.
Cláudia
Mo, uma proeminente advogada pró-democracia, acusou o governo de táticas de difamação.
"Não
podem sucumbir aos manifestantes e dizer `nós talvez devêssemos fazer
concessões?´, mas ao invés disso, tentam denegrir e manchar o movimento. Isto
está tudo muito sujo", disse Cláudia Mo à agência francesa AFP.
A
imprensa estatal chinesa tem, repetidamente, alegado que "forças
anti-China", como os Estados Unidos, estão a manipular os manifestantes, e
Pequim já advertiu para não a não-ingerência estrangeira nas manifestações que
considera um assunto interno.
CY
Leung voltou também a sublinhar que o movimento pró-democracia está "fora
de controlo" e pediu uma "solução sensata e pacífica".
Milhares
de pessoas em Hong Kong
estão na rua pela quarta semana consecutiva, num protesto que visa conseguir o
voto direto e universal dos eleitores na escolha do líder do Governo sem
qualquer entrave ou pré-escolha por parte do comité eleitoral, um órgão em que
a China acaba por conseguir o poder de seleção.
CSR
// VM
Supremo
Tribunal dá razão a empresas de transportes e proíbe manifestações
20
de Outubro de 2014, 22:19
Hong
Kong, China, 20 out (Lusa) -- O Supremo Tribunal da Região Administrativa
Especial chinesa de Hong Kong emitiu hoje uma medida cautelar que proíbe a
ocupação da zona de Mong Kok, local das concentrações pró-democracia, há 23
dias.
A
ordem judicial foi tomada na sequência de queixas interpostas por operadores de
transportes públicos de Hong Kong para que as ruas, que foram tomadas pelos
manifestantes, recuperem a normalidade.
De
acordo com a agência de notícias oficial da República Popular da China, Xinhua,
o advogado que representa as empresas afirmou que as manifestações estão a
provocar sérios prejuízos a companhias de táxis e de autocarros.
Milhares
de pessoas em Hong Kong
estão na rua pela quarta semana consecutiva, num protesto que visa conseguir o
voto direto e universal dos eleitores na escolha do líder do Governo sem
qualquer entrave ou pré-escolha por parte do comité eleitoral, um órgão em que
a China acaba por conseguir o poder de seleção.
PSP
(CSR) // EL
*Titulo PG
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