quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Moçambique: CENTRO E NORTE - SOBE NÚMERO DE VÍTIMAS DAS CHEIAS E ENXURRADAS




Maputo, 27 Jan (AIM) O número de vítimas das cheias e enxurradas, que desde o início do ano estão a fustigar as regiões centro e norte de Moçambique, subiu para 117 na sequência de desabamento de casas e de solos, arrastamento pelas águas bem como as descargas eléctricas, vulgarmente denominadas por relâmpagos.

O universo de pessoas afectadas também subiu de 90.463 (equivalente a 20.494 famílias) para os actuais 157.172 (32.711 famílias), sendo a província central da Zambézia a mais afectada com 124.381 pessoas.

O agravamento da situação, não obstante o abrandamento considerável das precipitações nas regiões centro e norte, causou, por conseguinte, um aumento do número de pessoas acolhidas nos Centros de Acomodação, que actualmente ronda os 50.357 (11.682 famílias). O aumento é quase o dobro se comparado as 6.328 famílias (29.815 famílias) da actualização feita semana passada.

A informação está contida no documento sobre a situação de emergência nas zonas centro e norte do país, referente ao período entre os dias 20 a 25 do mês em curso, produzido pelo Conselho Técnico do Gestão de Calamidades, e faz uma sinopse do impacto das calamidades registadas na presente época chuvosa e as acções realizadas.

As calamidades, segundo o documento, tiveram igualmente um impacto sobre o sector da agricultura e segurança alimentar, ao destruírem 33.648 hectares de culturas diversas, cujo impacto se faz sentir sobre um universo de 27.838 famílias.

No sentido de mitigar o impacto, as famílias que perderam as respectivas culturas e estão nos centros de acomodação recebem diversos bens de alimentação (farinha, arroz, feijão, açúcar, óleo), bem como outros bens não alimentares de higiene individual e colectiva (sabão, baldes, mantas, lajes etc.).

No capítulo da educação e desenvolvimento humano, a situação de cheias e enxurradas também afectou na Zambézia um universo de 76.750 alunos e 691 professores.

No quadro de acções de resposta, às diversas áreas, decorrem esforços de reconstrução das salas de aulas destruídas, assim como a reconstrução das rodovias com vista a assegurar a rápida transitabilidade entre o centro e o norte, sobre a bacia do Licungo onde a ponte sofreu uma ruptura devido a fúria das águas.

Na ponte sobre o rio Mutuasse, está concluída a montagem da ponte metálica e decorre a construção das rampas de acesso devendo, em princípio, estar aberta ao tráfego a partir de hoje. As manilhas adicionais para o aqueduto de desvio chegam quarta-feira após a reabertura da ponte.

No sector de terra mar e ambiente, estão planificados 2.656 talhões tendo já sido demarcados 783 e atribuídos 456 e igual número ocupado.


(AIM) LE/SG

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