O
líder comunista afirmou hoje que "a gripe e o frio têm costas largas"
para o Governo, referindo-se à situação do setor da saúde e aos problemas
registados nas urgências hospitalares.
"Para
o Governo, a gripe e o frio têm as costas largas quando o problema é de fundo.
Hoje, de facto, os portugueses estão piores, a viverem situações muito
dramáticas. Podemos dizer que muitos têm uma morte prematura, precisamente pela
falta de cuidados primários de saúde e a sobrecarga dos serviços hospitalares,
com as consequências que se tem vindo a conhecer", afirmou Jerónimo de
Sousa.
O
secretário-geral do PCP, cujo grupo parlamentar já convocou o ministro da Saúde
para uma audiência urgente, falava após um encontro com representantes da
federação distrital de bombeiros de Setúbal, no Seixal.
"Os
bombeiros, no quadro do serviço humanitário que prestam, verificam que muitos
cidadãos não têm condições de receber tratamento atempado, de serem observados,
medicados em conformidade com a sua situação, deixando arrastar até à
degradação, numa situação extrema. Os números falam por si", continuou.
Jerónimo
de Sousa defendeu a "dignificação do estatuto e direitos dos bombeiros,
que lhes foram extorquidos neste processo desta política de sacrifícios e de
austeridade".
O
responsável governamental pela pasta, Paulo Macedo, perante os pedidos de demissão
de sete médicos do Hospital Garcia de Orta (Almada), afiançara que a situação
seria resolvida entretanto.
Os
chefes da equipa do serviço de urgência daquela unidade queixaram-se da
degradação das condições de trabalho e também com a excessiva lotação de
doentes internados. Desde dezembro, diversas pessoas morreram em várias zonas
do país, alegadamente por falta de assistência, após longas horas de espera por
atendimento.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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