Bocas
do Inferno
Mário Motta, Lisboa
Andam
por aí uns quantos ou muitos a dizerem que a polícia é do melhor e que isto e
aquilo é de responsabilidade dos do futebol. Que no futebol vimos selvagens do
piorio já sabemos, mas devemos saber que na PSP eles também por lá estão, pagos
por nós para nos espancarem sem causas que o justifiquem.
Porque
encobertos pelos bons profissionais da polícia quase não se dá por eles, pelos polícias que não são polícias mas sim psicopatas fardados que têm prazer em
espancar os cidadãos e neles descarregarem as suas frustrações pessoais. Tal
qual os adeptos selvagens que vimos nas claques e no futebol em geral.
Mais
um caso vem à tona em Guimarães sobre espancamento por polícias que teve consequências
graves para o espancado. Mas o mal dos polícias trogloditas foi zero até agora. Ou seja,
ficam liberados para continuarem a espancar por dá-cá-aquela-palha. Alegam isto
e aquilo de suas razões (mentem), como o fez o subcomissário com a invenção da “cuspidela”, e ficam perfeitamente justificados e impunes pelos espancamentos que distribuem
ao arrepio da razão e da legalidade.
O
que se segue é a descrição de mais um espancamento de agentes da PSP em Guimarães,
sem justificação, ilegalmente. A vítima ficou quase cega e em breve estará cega
de uma das vistas… Assim.
Impunemente. Sem consequências para o polícia criminoso.
Pergunte-se porque razão as chefias não agem? Será por também (alguns) considerarem que a PSP existe para espancar os cidadãos? Parece que sim. Pergunte-se porque razão o Ministério Público não controla melhor as polícias e não age quando os casos vêm a público? Pergunte-se porque razão os mais altos responsáveis do Ministério da Administração Interna não agem? Pergunte-se que segurança nos oferecem agentes da polícia que não o merecem ser e estão naquela corporação a conspurcá-la? Nada menos que isso.
Pergunte-se porque razão as chefias não agem? Será por também (alguns) considerarem que a PSP existe para espancar os cidadãos? Parece que sim. Pergunte-se porque razão o Ministério Público não controla melhor as polícias e não age quando os casos vêm a público? Pergunte-se porque razão os mais altos responsáveis do Ministério da Administração Interna não agem? Pergunte-se que segurança nos oferecem agentes da polícia que não o merecem ser e estão naquela corporação a conspurcá-la? Nada menos que isso.
Porque
existem efetivamente profissionais de polícia que desempenham com correção os
seus cargos não podemos continuar a fazer de conta que nada se passa de grave
naquela corporação policial. Não podemos continuar a permitir que as maçãs
podres continuem no cesto da PSP a
apodrecer as sãs.
Não
devemos generalizar, é certo. Mas também não devemos considerar “coitadinhos
dos polícias” os maus agentes que indignamente desempenham a sua profissão com
total abuso dos poderes que lhe são conferidos, agredindo com mais ou menos
gravidade os cidadãos sem justa causa.
Ponha-se
cobro ao terrorismo praticado pelos maus agentes das polícias!
Guimarães. Há
um adepto que ficou cego após agressão de polícia em 2014
“Fui
espancado e deixado no chão até vir a ambulância que me transportou para o
hospital”, contou adepto agredido em 2014.
Nos
confrontos registados em Guimarães, em outubro de 2014, um adepto do Boavista
acabou por perder a visão no olho direito.
O
caso é denunciado, esta quarta-feira, pelo Diário de Notícias, dias depois de
um adepto do Benfica ter sido agredido por um elemento da PSP em frente aos
filhos menores.
O
caso de José Magalhães fez com que João Freitas, advogado de 34 anos, revivesse
o que aconteceu há pouco mais de meio ano, quando foi com o irmão e um grupo de
amigos assistir a um jogo entre o Vitória de Guimarães e o Boavista.
“Fiz
três intervenções cirúrgicas para tentar recuperar a visão, mas a situação não
evoluiu de forma positiva. Agora, terei de fazer nova cirurgia para remover o
olho. Não aguento mais as dores”, contou ao Diário de Notícias o homem natural
de Matosinhos.
“Estava
fora do autocarro a aguardar pelo meu irmão, que ficou para trás, quando um
agente disse ‘Não pode estar aqui!’ e, ato contínuo, deu-me um encontrão que me
atirou ao chão. Foi mais do que um agente a bater-me e muitos a assistir. Fui
espancado e deixado no chão até vir a ambulância que me transportou para o
hospital. Não disse nada que provocasse aquilo. Tal como acredito que o adepto
do Benfica também não tenha dito”, acrescentou.
O
facto de o episódio de violência não ter sido filmado e tornado público fez com
que tivesse menos repercussões do que o registado este domingo, na mesma
cidade.
Neste
momento, João Freitas não trabalha como advogado. Conta com a ajuda financeira
da mulher e não recebe sequer subsídio de doença, uma vez que trabalhava a
recibos verdes.
Está
ainda a aguardar o desenrolar do processo disciplinar aberto pelo Ministério da
Administração Interna e da queixa-crime apresentada no Tribunal de Guimarães.
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