quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Moçambique: RENAMO vs POLÍCIA, QUEIMADAS DESCONTROLADAS, ONU

 


Renamo acusa polícia de deter delegado do partido "por razões meramente políticas"
 
21 de Agosto de 2012, 11:14
 
Maputo, 21 ago (Lusa) - A Renamo, principal partido da oposição em Moçambique, acusou hoje a polícia de deter o delegado político do partido no distrito de Angoche, norte de Moçambique, por "razões meramente políticas", exigindo a sua libertação.
 
Em declarações à Lusa, o porta-voz da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), Fernando Mazanga, afirmou que a Força de Intervenção Rápida (FIR), polícia antimotim moçambicana, levou na segunda-feira o delegado da RENAMO em Angoche, província da Nampula, identificado apenas por Aínga, para o comando da polícia local, onde permanece até hoje.
 
"O que aconteceu é que o chefe do posto administrativo de Sangahoje, Adelino Wachapo, que dizem ser secretário da Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique, no poder), tentou impedir a realização de um comício da Renamo e foi empurrado. O comício aconteceu, mas depois apareceu a FIR no local onde a delegação da Renamo descansava e levou o nosso delegado", disse Fernando Mazanga.
 
Para a Renamo, a atuação do chefe do posto administrativo de Sangahoje é uma intromissão na atividade dos partidos políticos e uma violação das normas de funcionamento do Estado.
 
"Ele, na qualidade de chefe de posto, deve estar ao serviço de todos e não agir em benefício deste ou daquele partido", defendeu Fernando Mazanga.
 
O porta-voz do comando da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Nampula confirmou a detenção, mas apontou razões "de foro criminal" e rejeitou motivações políticas para a intervenção policial.
 
Em declarações à Lusa, João Dina disse que o delegado político da Renamo "agrediu com alguma gravidade" o chefe de posto de Sangahoje.
 
PMA.
 
Queimadas descontroladas desalojam 19 famílias em Manica
 
22 de Agosto de 2012, 10:43
 
Chimoio, Moçambique, 22 ago (Lusa) - Pelo menos 19 famílias ficaram desalojadas no distrito de Macossa, Manica, centro de Moçambique, na sequência de queimadas descontroladas, que destruíram casas e celeiros, disse hoje à Lusa fonte do Instituto de Gestão de Calamidades.
 
As famílias, umas acomodadas em tendas improvisadas e outras ao relento, perderam a pouca colheita da última época da campanha agrícola, o que as coloca numa situação crítica de vulnerabilidade à fome.
 
"Agora, fizemos uma distribuição de víveres para as pessoas se alimentarem porque perderam quase tudo, e iniciámos a distribuição de 'kits' de reconstrução para que tenham abrigo", disse à Lusa João Vaz, delegado do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) em Manica.
 
A caça de ratazana através do fogo é uma das principais causas de queimadas descontroladas em vários distritos de Manica, situação que desaloja anualmente dezenas de famílias e destrói coutadas oficiais, milhares de hectares de floresta, quintas, celeiros e residências.
 
Estatísticas governamentais indicam que, em 2011, 185.665 hectares de terra, quase toda arável, sofreram queimadas descontroladas, quase o triplo da área queimada em 2010 (68.070 hectares). O número de incêndios subiu de 5.950 em 2010 para 16.229 em 2011, ou seja, os focos alastraram-se para mais distritos.
 
Em carta dirigida ao setor do Meio Ambiente, a população reivindica que o alto índice de desemprego pode estar a contribuir largamente para o aumento das queimadas descontroladas em Manica, por as comunidades encontrarem na natureza o único recurso de sobrevivência.
 
Em declarações à Lusa, Natércia Nhabanga, diretora provincial de Coordenação da Ação Ambiental de Manica, disse que um Fundo de Apoio ao Ambiente deverá financiar projetos em sete distritos da província, incluindo Macossa, para reduzir queimadas descontroladas, poluição de rios e promover o reflorestamento comunitário.
 
AYAC.
 
Governo otimista no acordo da ONU ao alargamento da sua plataforma continental
 
22 de Agosto de 2012, 10:56
 
Maputo, 22 ago (Lusa) - O Governo moçambicano está otimista na autorização da ONU para aumentar 136 mil quilómetros quadrados na sua plataforma continental, disse fonte do Instituto de Mar e Fronteiras de Moçambique (IMAF).
 
Em entrevista publicada hoje no Notícias, o principal diário moçambicano, Eugénio Muainga, diretor do Mar do IMAF, afirmou que Moçambique submeteu em julho de 2010 um pedido de extensão da sua plataforma continental, de 540 mil quilómetros quadrados para 676 mil quilómetros quadrados.
 
"Na verdade, estamos na fila à espera que chegue a nossa vez. Face ao crescente número de pedidos, aumentou o volume de trabalho que a Comissão das Nações Unidas sobre os Limites da Plataforma Continental (CLCS) tem de avaliar as propostas", declarou Eugénio Muianga.
 
Segundo o responsável, o facto de o país ter conseguido eleger um moçambicano, Estêvão Mahanjane, para membro da comissão vai permitir que se acompanhe de perto o processo de avaliação do pedido de alargamento das suas fronteiras marítimas.
 
"Felizmente, na última plenária da comissão, realizada em junho passado, ficou decidido que o trabalho deve ser acelerado e que se deveria criar mais uma subcomissão para se trabalhar na avaliação das propostas antes de descerem ao debate na plenária. Naturalmente que isso vai imprimir outra dinâmica, uma vez que, a partir deste ano, passam a ser quatro as subcomissões que avaliam as propostas dos países", explicou o diretor do Mar no IMAF.
 
PMA.

*O título nos Compactos de Notícias são de autoria PG
 

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