Teodoro Albano –
Voz da América
Advogado David
Mendes diz que é preciso acabar com prisões arbitrárias
O sindicato de
professores na Huíla vai mover um processo-crime contra alguns directores de
escolas e agentes da polícia nacional que tudo fizeram para impedir a vigência
da greve no sector da educação.
O primeiro visado deve ser o director do Instituto Médio de Economia do
Lubango, IMEL, Belinho Alberto, que se terá empenhado em travar a paralisação
através de uma queixa contra os professores detidos, segundo, João Francisco
secretário provincial do SINPROF.
O advogado do SINPROF, David Mendes, confirma o andamento do processo e promete
levar também a tribunal os polícias envolvidos na detenção dos dois
professores, entretanto, libertados depois de serem ilibados de qualquer crime.
David Mendes defende a necessidade de se pôr fim as prisões arbitrárias, e isto
passa por começar a responsabilizar o estado, através dos actos cometidos pelos
seus agentes.
“Nós precisamos começar a pôr termos as prisões arbitrárias e essas duas
prisões tiveram dois elementos importantes que determinaram a sua prisão:
primeiro a falsa denúncia do director do Instituto Médio de Educação, segundo a
polícia que prendeu sem ter em conta a falsidade da acusação," disse Mendes.
"A polícia porque é o estado quem prende é o estado e antes de se prender
alguém há que se confrontar a informação se ela é verídica ou não é. Se o
estado cometeu o erro de prender alguém fruto de uma falsa acusação o estado
também tem que ser responsabilizado. Se nós não ganharmos o hábito de
responsabilizar o estado pelas acções dos seus agentes vamos continuar no
círculo vicioso de prender e depois libertar,” disse David Mendes.
Sem comentários:
Enviar um comentário