MB – PGF - Lusa
Bissau, 11 mai
(Lusa) - O Presidente de transição da Guiné-Bissau, Serifo Nhamadjo, incumbiu
hoje ao primeiro-ministro de transição, Rui de Barros, para que recolha
propostas junto de partidos políticos e sociedade civil para o
"alargamento do Governo".
Num discurso à
Nação após uma reunião de várias horas com o chefe das Forças Armadas, general
António Indjai, o presidente do Parlamento, Sory Djalo e o primeiro-ministro,
Rui de Barros, o Presidente guineense afirmou ter incumbido ao
primeiro-ministro essa tarefa uma vez que deverá ausentar-se do país nos
próximos quatro dias.
Serifo Nhamadjo
disse que deve viajar, já no domingo, para um controlo médico de rotina na
Alemanha, onde esteve durante todo mês de abril por motivos de saúde.
"Durante a
minha ausência e por instruções minhas, fica o engenheiro Rui de Barros,
primeiro-ministro, incumbido de preparar a nova orgânica do Governo e proceder
à recolha de propostas junto dos partidos políticos, da sociedade civil e
outros atores nacionais, para a integração do mesmo", observou Nhamadjo.
O presidente de
transição notou que nos últimos dias conduziu um processo de auscultação de
todos os segmentos da sociedade guineense e ainda ouviu a comunidade
internacional, tendo chegado a "conclusões importantes".
De acordo com
Serifo Nhamadjo, há consensos sobre a marcação de eleições gerais para o mês de
novembro deste ano, a indigitação de um novo presidente da Comissão Nacional de
Eleições que deve ser um magistrado judicial e o alargamento do Governo de
transição, "dando-lhe um caráter mais inclusivo".
O Presidente de
transição disse que apesar de alguns avanços tem a lamentar a greve dos
professores do ensino público, anunciando que a breve trecho serão tomadas
medidas para por cobro à situação, e ainda o preço que está a ser praticado na
compra da castanha do caju (principal produto de exportação do país) ao
agricultor.
"O preço que
está a ser praticado no terreno está aquém das nossas expectativas, o que
aliado à conjuntura internacional desfavorável às nossas exportações veio
agravar a situação já de si difícil dos nossos concidadãos, particularmente dos
camponeses", enfatizou Nhamadjo.
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