Expresso - Lusa
Líder do PS acusa o
Governo de ter destruido mais de 400 mil postos de trabalho em dois anos.
O secretário-geral
do PS, António José Seguro, acusa o Governo de destruir mais de 400 mil postos
de trabalho e de se preparar para aplicar cortes em todas as pensões, mesmo nas
mais baixas.
"Nestes dois
anos o Governo destruiu mais de 400 mil postos de trabalho. Não tinha de ser
assim e é assim porque a política que foi aplicada, a da austeridade, não
concretizou nem alcançou nenhum dos objetivos, sejam eles o défice orçamental
ou a dívida pública", disse o líder socialista.
António José Seguro
participou ontem à noite numa iniciativa de campanha do candidato do PS à
presidência da câmara de Cascais, João Cordeiro, que contou com a presença do
antigo presidente da República, Ramalho Eanes, no Teatro Gil Vicente.
Seguro socorreu-se
de dados de um relatório do Fundo Monetário Internacional para afirmar, perante
uma plateia com centenas de socialistas, que o Governo se prepara para aplicar
um corte de dez por cento em todas as pensões.
"O governo
comprometeu-se a um corte de 740 milhões de euros. Segundo os dados
disponíveis, que são de 2011, isso significa um corte equivalente a 10% em
todas as pensões. Se é assim, coisa que não sabemos porque não fomos
esclarecidos, isso significa ir apanhar pensões que vão desde os 230
euros", afirmou.
António José Seguro
adiantou que o primeiro-ministro Passos Coelho tem o dever de "esclarecer
o que é que apresentou à troika".
"Não pode
lançar a incerteza, a insegurança e o medo sobre os portugueses, em particular
sobre os portugueses que trabalharam uma vida inteira e que têm o direito de
viver com dignidade os últimos anos da sua vida", sublinhou.
O antigo presidente
da República e agora mandatário da candidatura de João Cordeiro, o general
Ramalho Eanes, afirmou que mesmo "os governos muito fortes", com
maioria, "podem fazer asneiras muito grandes". "E acabam por
fazer com que a comunidade as tenha que pagar durante um largo tempo",
afirmou.
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