... maiores fornecedores de armas
RTP
Os Estados Unidos, Rússia e muitos países europeus que apoiaram os protestos no Médio Oriente e Norte de África este ano também forneceram armamento usado contra os manifestantes, indicou um relatório da Amnistia Internacional esta terça-feira.
O relatório é divulgado numa altura em que grupos de direitos humanos apelam ao Congresso americano para votar contra a venda de armas no valor de 53 milhões de dólares (38,6 milhões de euros) ao Bahrain, onde mais de 30 pessoas foram mortas desde o início dos protestos em fevereiro.
O grupo com sede em Londres diz que os resultados apurados mostram os perigos decorrentes da venda de armas a países repressivos sob um sistema que torna difícil dizer quem acaba com as armas e como elas são usadas.
"Na medida em que as transferências de armas são frequentemente usadas na perpetração de crimes contra a humanidade, o Estado que realiza as transferências também se torna responsável perante a lei internacional", disse à Associated Press Sanjeev Bery, diretor do grupo para o Oriente Médio e Norte de África sediado em Washington.
A Amnistia Internacional analisou as transferências de armas desde 2005 nos países onde eclodiram protestos populares este ano - Egito, Líbia, Iémen, Síria e Bahrain - e concluiu que os Estados Unidos, Inglaterra, Rússia, Áustria, Bélgica, Bulgária e República Checa eram os seus maiores fornecedores de armamento desde então.
A organização defende um maior controlo e transparência nas exportações de armas de forma a evitar o risco destas poderem ser usadas para violar os direitos humanos.
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