quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Polícia considerado culpado por morte de brasileiro atingido por taser na Austrália




Sydney, 16 dez (Lusa) -- Um tribunal australiano considerou hoje culpado um dos polícias envolvidos na morte do estudante brasileiro Roberto Laudisio Curti, que foi atingido por disparos de taser durante uma perseguição em Sydney, em março de 2012, divulgou a imprensa brasileira.

De acordo com o portal brasileiro G1, citando a agência de notícias AAP, a juíza Claire McFarlane condenou o polícia Damian John Ralph, mas optou por deixá-lo em liberdade condicional após pagamento de fiança.

O agente não poderá cometer crimes durante os próximos dois anos.

Outros três polícias envolvidos no incidente - Eric Lim, Scott Edmondson e Daniel Barling - foram absolvidos, segundo a AAP.

Roberto, de 21 anos, morreu após ter sido perseguido por mais de dez polícias, que o atingiram com choques elétricos por 14 vezes.

Os agentes perseguiram-no depois de o jovem ter roubado dois pacotes de bolachas numa loja no centro de Sydney.

Antes do incidente, o estudante brasileiro tinha sofrido um surto psicótico e estava a correr pelo centro da cidade após ter tomado drogas (LSD).

A perícia médica sobre a morte de Roberto determinou que os agentes agiram de forma brutal, imprudente e perigosa ao deter o jovem utilizando taser e gás pimenta.

As pistolas elétricas - taser - provocam descargas de 400 volts e são utilizadas pelas forças de segurança em países como Austrália, Reino Unido e Estados Unidos para dominar suspeitos em situações que não justificam o uso de armas de fogo.

No entanto, organizações como a Amnistia Internacional denunciam que a arma já causou dezenas de mortes e podem ser utilizadas para torturar os detidos.

CSR // VM

Na foto: Roberto Laudisio Curti foi morto após perseguição policial em Sydney, na Austrália

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