segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Portugal: ANA DRAGO DIZ QUE HÁ ALTERNATIVA A LIDERANÇA “BICÉFALA”



TSF - ontem

A deputada do Bloco de Esquerda, Ana Drago, afirma que está tudo em aberto tanto em relação ao modelo, como aos nomes para sucederem a Francisco Louçã na liderança do partido.

À margem de um comício do Bloco de Esquerda, a noite passada em Quarteira, a deputada Ana Drago afirmou que há outras possibilidades para além de uma liderança bicéfala constituída por João Semedo e Catarina Martins.

«Creio que o nome da Catarina Martins vem por mérito do seu trabalho e da sua capacidade de protagonismo nos últimos anos, nomeadamente como deputada do Bloco de Esquerda. Deve dizer que todas estas possibilidades estão ainda em aberto, elas têm apoiantes, [mas] outras pessoas têm outros modelos de direção. Creio que é todo esse debate que hoje está a ser feito dentro do Bloco», afirmou.

«Não quero, neste momento, pronunciar-me sobre nomes. Acho que isso restringe aquilo que é o debate político que o Bloco tem que fazer», acrescentou Ana Drago.

Francisco Louçã já se sabe defende uma liderança constituída por um homem e uma mulher e ontem, em Quarteira, o líder do Bloco deu voz ao que já tinha defendido na carta aos bloquistas.

«A ideia de que no século XXI devemos manter partidos como eles existiam no século XIX, é uma ideia triste. Nós precisamos de pensar, inovar e ter coragem de soluções novas. Grande parte dos partidos com os quais o Bloco melhor se relaciona, como o partido da esquerda francesa é dirigido por um homem e uma mulher. Acho que é absolutamente normal, o que é estranho é que a sociedade não se faça representar nos partidos como ela é», defendeu.

O líder do Bloco de Esquerda reafirmou também a necessidade de renovação do partido e deixou uma promessa: sai da coordenação do partido, mas não abandona o combate político.

«Contem comigo, eu não vou para um conselho de administração. Eu vou estar aqui, onde é preciso que haja imaginação, ideias, combatividade, com o pé na rua, próximo das pessoas, porventura com mais tempo, para fazer tudo o que me for pedido e tudo o que for necessário para uma esquerda forte, enérgica, para uma esquerda que possa abrir pela primeira vez em Portugal o caminho para um Governo de esquerda», declarou Louçã.

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