segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Islândia triplicará seu crescimento em 2012 após a prisão de políticos e banqueiros

 


A Islândia conseguiu acabar com um governo corrupto e parasita. Prendeu os responsáveis pela crise financeira, mandando-os para a prisão. Começou por redigir uma nova Constituição feita por islandeses e para islandeses. E hoje, graças à mobilização, será o país mais próspero de um ocidente submetido a uma tenaz crise de dívida.
 
É a cidadania islandesa, cuja revolta em 2008 foi silenciada na Europa por temor a que muitos percebessem. Mas conseguiram, graças à força de toda uma nação: o que começou sendo crise converteu-se em oportunidade. Uma oportunidade que os movimentos altermundistas observaram com atenção e colocaram-no como modelo realista a seguir.

Consideramos que a história da Islândia é uma das melhores noticias dos tempos atuais. Sobretudo depois de saber que segundo as previsões da Comissão Europeia, este país do Atlântico Norte, fechou 2011 com um crescimento de 2,1% e que em 2012, este crescimento será de 1,5%, uma cifra que supera o triplo dos países da zona euro. A tendência do crescimento aumentará inclusive em 2013, quando está previsto que alcance 2,7%. Os analistas asseveram que a economia islandesa continua a mostrar sintomas de desequilíbrio e que a incerteza está instalada nos mercados. Porém a Islandia, voltou a gerar emprego e a dívida pública foi diminuindo de forma palpável.

Este pequeno país do Ártico recusou resgatar os bancos. Deixou-os cair e aplicou a Justiça sobre aqueles que tinham provocado certos descalabros e desmandes financeiros. Os matizes da história islandesa dos últimos anos são múltiplos. Apesar de transcender parte dos resultados que todo o movimento social conseguiu, pouco foi falado do esforço que este povo realizou: do limite que alcançaram com a crise e das múltiplas batalhas que ainda estão por se resolver.

Porém, o que é digno de menção é a história que fala de um povo capaz de começar a escrever seu próprio futuro, sem ficar à mercê do que se decida em despachos distantes da realidade cidadã. E embora continuem existindo buracos para preencher e sombras por iluminar.

A revolta islandesa não causou vítimas, fez apenas Justiça e esta Justiça acusou os políticos e os homens da finança como os culpados da crise. Não derramou nenhuma gota de sangue. Não houve a tão famosa "Primavera Árabe", nem sequer teve cobertura mediática, pois os Media não estão para apoiar estas iniciativas populares e democráticas, muito pelo contrário. Mesmo assim, conseguiram os seus objetivos de forma limpa e exemplar.

A Islândia poderia ser um exemplo para os povos da Grécia, Portugal, Espanha e para aqueles que exigem justiça social e justiça económica em todo o Mundo.
 
Islândia o exemplo censurado
 
A negativa do povo da Islândia em pagar a dívida que as elites abastadas tinham adquirido com a Grã Bretanha e a Holanda, gerou muito medo no seio da União Europeia. Prova deste temor foi o absoluto silêncio nos Media sobre o que aconteceu. Nesta pequena nação de 320.000 habitantes, a voz da classe política burguesa tem sido substituída pela do povo indignado perante tanto abuso de poder e roubo do dinheiro da classe trabalhadora. O mais admirável é que esta guinada na política sócio-económica islandesa, aconteceu de forma pacífica e irrevogável. Uma autêntica revolução contra o poder que conduziu tantos outros países maiores até a crise atual.

Este processo de democratização da vida política que já dura dois anos é um claro exemplo de como é possível que o povo não pague a crise gerada pelos ricos.
 
Versão em português compilada em Guerra Silenciosa, com vídeos neste título
 

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