segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Portugal: ELEGER PR E PM À LAIA DE SALAZAR É O QUE DÁ

 


Retirámos da TSF Rádio Notícias o compacto que se segue. No original podem escutar os áudios de algumas das declarações dos intervenientes. Das palavras e reações registadas temos a memória de que também anteriormente, quando do anúncio de medidas draconianas anteriores do governo de Passos-Portas-Cavaco (justamente o PR não pode ficar ilibado), estes e/ou outros entrevistados TSF disseram quase as mesmas palavras ou, pelo menos, dentro do mesmo sentido. O resultado foi nulo. Falaram, falaram... mas depois até se calaram (alguns).
 
Para os que estão a condenar os portugueses à fome, ao descalabro económico e social, estas declarações foram escutadas por um ouvido a 100 kmh e saíram-lhes pelo outro ouvido a 200 kmh. A oposição efetiva foi nula por parte de entidades e personalidades que de algum modo poderão ter influencia na mudança de rumo das políticas avassaladoras deste desgoverno Passos-Portas-Cavaco.
 
O que, no nosso entender, será necessário é agir em oposição ativa, sem titubear. Nisso alguns dos dirigentes do Partido Socialista têm feito o mesmo de sempre: têm traído, tanto quanto os sociais-democratas, a maioria dos portugueses. Estamos perante a destruição de um país, Portugal. Estamos perante traidores que governam no interesse de outros que não são a maioria dos portugueses. Estamos perante momentos cruciais em que só portugueses e homens de bem e de verdade, patriotas, democratas, justos, poderão mudar este rumo de país destroçado em prol da democracia e da justiça que já quase não vigora no país. Como afirmam os manifestantes espanhóis: “Chamam-lhe democracia, mas não é!” Esperemos que agora, face a mais esta arremetida inadmissível, estas figuras influentes da política nacional, assim como o povo português, saibam tomar a atitude correta e defendam Portugal. Porque é Portugal e os portugueses que estão em causa. Na verdade estamos saturados e sentimo-nos vilipendiados após a eleição de um presidente da República e um primeiro-ministro que, à laia de Salazar, querem fazer da quase totalidade dos portugueses humildes pobrezinhos em prol do enriquecimento dos seus camaradas banqueiros e grandes empresários nacionais e estrangeiros. (PG)
 
A partir daqui, seguidamente, todos os títulos são TSF:
 
Passos Coelho não teve em conta «impacto» de medidas, diz Marcelo
 
Este ex-presidente do PSD defendeu que perante a forma como foram anunciadas as mais recentes medidas de austeridade se justifica uma «remodelação» governamental rápida.
 
Marcelo Rebelo de Sousa considerou, esta domingo, que as medidas de austeridade anunciadas pelo primeiro-ministro foram feitas «sem noção sobre impacto do pacote».
 
Na opinião deste comentador, justifica-se mesmo que se faça uma «remodelação» governamental sem se esperar pelas «calendas gregas», tal foi a «brutalidade» do impacto destas medidas.
 
«Ele não teve a noção do impacto que isto tinha nos portugueses. Aqui também há um problema dos conselheiros dele. Não havia ninguém que dissesse; 'o senhor vai fazer isto assim?'», explicou.
 
No seu comentário semanal na TVI, este ex-presidente do PSD entende que Pedro Passos Coelho «não percebeu que isto poderia significar a pré-rotura psicológica do país com ele».
 
«Até agora, havia pré-roturas com alguns membros do Governo», acrescentou Marcelo, que explicou que até agora as pessoas pensavam sobre quais poderiam ser as alternativas.
 
Ao apresentar as medidas de austeridade como apresentou de forma «impreparada», «vai ter agora o ministro das Finanças de ajudar como umas explicações», algo que Passos Coelho também terá de fazer junto com algumas medidas.
 
Marcelo Rebelo de Sousa reconheceu ter poucas informações sobre este pacote de austeridade e garantiu que faltam apresentar mais medidas.
 
Sem querer dizer se este pacote respeita ou não a Constituição, o professor de Direito disse ter a certeza de que significa um «imposto», a não ser que o primeiro-ministro diga que «este desconto a mais é fundamental para a sobrevivência da Segurança Social».
 
«Isto não é uma taxa, porque não tem contrapartida. na taxa, há uma contrapartida mais ou menos genérica, mas aqui não há nenhuma, porque os benefícios estão a baixar», concluiu Marcelo, que acredita que esta medida foi feita desta forma para agradar o CDS-PP.
 
António Costa: Recessão vai aumentar e PS deve votar contra no OE
 
António Costa criticou hoje as novas medidas de austeridade, afirmando que vão aumentar a recessão e defendendo que o PS deve votar contra o próximo Orçamento do Estado (OE).
 
«As novas medidas de austeridade vão agravar a recessão porque vão diminuir claramente o consumo interno. Não vão gerar o efeito económico nas empresas que seja suficiente para justificar a diminuição do desemprego e são altamente discriminatórias relativamente ao trabalhador por conta de outrem», disse o presidente da Câmara de Lisboa.
 
António Costa falava aos jornalistas à margem da sessão de apresentação das alterações que a câmara vai fazer na rotunda do Marquês de Pombal e na Avenida da Liberdade.
 
Questionado se o PS deve chumbar o OE, o autarca não hesitou em afirmar «claramente».
 
«Não vejo como é que, nestas circunstâncias, depois de um falhanço tão rotundo da política que estava a ser seguida, depois de serem anunciadas medidas de tal forma ofensivas para valores essenciais como o respeito pelo Estado de Direito e a decisão do Tribunal Constitucional, o valor pela igualdade, a ética e a valorização do trabalho, o PS pudesse ter sequer condições para negociar estas medidas», disse.
 
«São do meu ponto de vista inegociáveis e determinam uma rotura da relação com o Governo relativamente a este trajeto», acrescentou o autarca.
 
Para o presidente da câmara de Lisboa, «é preciso aprender com o que aconteceu ao longo deste ano e a lição fundamental é que não haverá consolidação sem crescimento económico», por isso, considera que, «se há consenso que o Governo queira é esse o consenso que deve procurar: que políticas, que medidas para aumentar o crescimento económico».
 
«Chegámos obviamente a um ponto de rotura relativamente a um trajeto que estávamos a fazer. Tudo isto demonstra é que não haverá nunca consolidação sem crescimento económico e, portanto, a prioridade tem de ser dada às políticas que permitam crescer economicamente, gerar emprego, gerar riqueza e não agravar as medidas de austeridade», disse.
 
O primeiro-ministro anunciou na semana passada mais medidas de austeridade para 2013, incluindo os trabalhadores do setor privado, que, na prática, perderão o que o primeiro-ministro diz corresponder a um subsídio através do aumento da contribuição para a Segurança Social de 11 para 18 por cento.
 
Os funcionários públicos continuam com um dos subsídios suspensos (na totalidade nos rendimentos acima dos 1.100 euros/mensais e parcialmente acima dos 600 euros) e o outro é reposto de forma diluída nos 12 salários, que será depois retirado através do aumento da contribuição para a Segurança Social.
 
A contribuição das empresas passa dos atuais 23,75 por cento para 18. Os pensionistas continuam sem subsídios de natal e férias.
 
Estas medidas vão estar previstas no Orçamento do Estado de 2013 e são justificadas pelo governo como uma forma de compensar a suspensão dos subsídios de férias e de Natal em 2013 e 1014, "chumbada" pelo Tribunal Constitucional.
 
Novas medidas de austeridade justificam greve geral, defende Torres Couto
 
À TSF, Torres Couto considerou que, mais do que nunca, CGTP e UGT deviam unir-se e parar o país, mas reconheceu que se trata de um «casamento» difícil, tendo em conta histórias de «traição».
 
«A CGTP marcou uma jornada de luta para o dia 1 de outubro, mas eu penso que o momento é para fazer uma greve geral a sério em Portugal», afirmou o antigo líder da UGT.
 
No entanto, sublinhou, «reconheço que também não é fácil para a própria CGTP voltar a assinar com a UGT a apresentação de um manifesto conjunto a fim de convocar os trabalhadores para essa greve geral, quando a UGT o fez em novembro e traiu em fevereiro».
 
Van Zeller: Medidas de austeridade só vão penalizar os trabalhadores
 
Segundo o ex-presidente da CIP, a redução da TSU e o aumento das contribuições dos trabalhadores do público e do privado para a Segurança Social só vão prejudicar os trabalhadores.
 
Em declarações à TSF, Francisco van Zeller disse não entender como é que a redução da Taxa Social Única (TSU) vai criar emprego.
 
O antigo presidente da CIP criticou o facto de esse corte ser igual para todas as empresas, defendendo que o valor deveria ser maior.
 
No entender de Francisco van Zeller, a redução das contribuições das empresas para a Segurança Social representam um enorme custo para os trabalhadores e não agrada a quase ninguém, nem mesmo aos grandes empresários.
 
O responsável mostrou-se convicto de que o corte na TSU foi a única forma encontrada de reduzir os ordenados, como sempre quis o FMI.
 
Para van Zeller, o essencial seria mesmo cortar na despesa do Estado.
 
Ribeiro e Castro quer explicações de Portas sobre medidas de austeridade
 
O deputado do CDS-PP exige explicações a Paulo Portas sobre as novas medidas de austeridade, defendendo que os partidos da maioria deviam ter sido previamente informados.
 
O deputado do CDS-PP José Ribeiro e Castro reclama explicações de Paulo Portas sobre as novas medidas de austeridade.
 
Ouvido pela TSF, o antigo presidente do CDS-PP defendeu que os partidos da maioria deviam ter sido previamente informados.
 
«É indispensável que os líderes da coligação apresentem a sua explicação. Ouvimos a comunicação do sr. primeiro-ministro, líder do PSD, mas creio que é igualmente indispensável uma comunicação do líder do CDS», afirmou.
 
Ribeiro e Castro defendeu ainda que, depois da decisão do Tribunal Constitucional, era necessário ter existido mais debate.
 
Ferro Rodrigues: «Nem me passa pela cabeça que o voto do PS seja outro que não contra»
 
O ex-secretário-geral do PS Ferro Rodrigues afirmou que não lhe passa pela cabeça que o voto socialista seja outro que não contra as medidas de austeridade, que constituem o ataque «mais selvagem de sempre» contra o trabalho.
 
Nem me passa pela cabeça que o voto do PS seja outro que não contra, porque as medidas anunciadas [sexta-feira] pelo primeiro-ministro representam o ataque mais selvagem que alguma vez foi feito contra o mundo do trabalho na sociedade portuguesa», declarou à agência Lusa o vice-presidente da Assembleia da República.
 
Ferro Rodrigues considerou também que as novas medidas de austeridade anunciadas pelo primeiro-ministro representam igualmente um ataque aos órgãos de soberania.
 
«Estamos perante um ataque ao Presidente da República e ao Tribunal Constitucional. Daqui até à transformação das intenções do primeiro-ministro em atos concretos é preciso que os órgãos de soberania mostrem que existem, a começar pela Assembleia da República, depois pelo Presidente da República e finalmente pelo Tribunal Constitucional», acrescentou o ex-líder do PS.
 
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, anunciou sexta-feira mais medidas de austeridade para 2013, incluindo os trabalhadores do setor privado, que, na prática, perderão o que o primeiro-ministro diz corresponder a um subsídio através do aumento da contribuição para a Segurança Social de 11 para 18 por cento.
 
A contribuição das empresas passa dos atuais 23,75 por cento para 18 por cento. Os pensionistas continuam sem subsídios de natal e férias.
 
Estas medidas vão estar previstas no Orçamento do Estado de 2013 e são justificadas pelo governo como uma forma de compensar a suspensão dos subsídios de férias e de Natal em 2013 e 1014, "chumbada" pelo Tribunal Constitucional.
 

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