E o inquérito á atuação da PSP, aos seus responsáveis? |
Oposição faz cerco
ao governo. Bloco diz estar perante eventuais atropelos à lei e PS critica
“bagunça total”
O presidente do
conselho de administração da RTP, o director de informação demissionário, Nuno
Santos, e ainda o ministro Miguel Relvas serão chamados à Assembleia da República. O requerimento foi entregue ontem pelo Bloco de Esquerda, que quer ouvir
as partes envolvidas no caso das imagens da RTP supostamente cedidas à PSP.
Considerando estar
perante “suspeitas de atropelos ao estatuto dos jornalistas”, os deputados
bloquistas exigem explicações sobre um alegado comportamento ilegal, dado que a
polícia poderá ter agido sem mandado judicial. “Em causa está a eventual
cedência ao governo ou a forças policiais, ou a visualização por pessoas
estranhas à RTP, de imagens captadas pelas diversas câmaras envolvidas na
cobertura das actividades relativas à manifestação e à greve geral de 14 de
Novembro, sem que tenha existido qualquer mandado judicial para o efeito”,
lê-se numa nota enviada à comunicação social.
O Partido
Socialista anunciou também estar a ponderar um pedido de audição parlamentar da
administração da RTP e da direcção de informação demissionária da televisão
pública. Manuel Seabra, coordenador do PS na comissão de Ética, diz que não se
pronuncia sobre o caso, mas considera haver desorientação na RTP. O socialista
argumenta que o que “está instalado na relação do governo com a empresa pública
é a desorientação geral, a bagunça total”.
A deputada dos
Verdes Heloísa Apolónia decidiu por outro lado pedir esclarecimentos através de
perguntas dirigidas ao ministro Miguel Relvas – com a tutela da comunicação
social – e ao ministro Miguel Macedo, responsável pela Administração Interna.
A Miguel Relvas, Os
Verdes perguntam: “Confirma-se que foi solicitada à RTP a disponibilização das
imagens referidas para serem visionadas por elementos da PSP?”Já a Miguel Macedo
o PEV pergunta se a PSP “ou respectiva tutela” pediu a disponibilização de
imagens à RTP da concentração em frente à Assembleia da República de 14 de
Novembro.
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