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Porto, 08 nov
(Lusa) - O secretário-geral do PS, António José Seguro, afirmou hoje que o
Governo vai ter que apresentar a proposta do corte dos quatro mil milhões da
despesa no Parlamento e que o Partido Socialista "lá estará para
discutir".
"Há aqui algo que
deve ser clarificado. O Governo vai ter que apresentar essa proposta no
Parlamento e o Partido Socialista lá estará para discutir", disse hoje
António José Seguro, no Porto, aos jornalistas quando questionado sobre as
declarações de quarta-feira do primeiro-ministro que disse aceitar que o PS se
tenha excluído do processo de redução da despesa em 4 mil milhões de euros.
Na opinião do
secretário-geral do PS, "o primeiro-ministro tem uma responsabilidade que
é governar".
"E como os
portugueses gostariam que o primeiro-ministro governasse bem", disse.
No final da visita
às instalações da UPTEC (Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do
Porto), Seguro sublinhou que "esses quatro mil milhões é uma
responsabilidade que foi assumida pelo Governo com a ´troika´" e que a
pergunta de como vão ser feitos esses cortes deve "ser dirigida ao
primeiro-ministro".
"O PS foi
muito claro em relação a essa matéria. Total disponibilidade para discutirmos a
modernização do Estado. Total indisponibilidade para dizer ao Governo o que é
que ele deve fazer", sintetizou.
O líder socialista
enfatizou que "quem governa o país é o primeiro-ministro e é o
Governo" e que "há uma maioria no Parlamento", questionado
"porque é que se lembraram agora do PS, ao fim destes meses todos".
"Nós estamos a
discutir o orçamento para 2013. O Governo já falou na necessidade, porventura,
de um retificativo, com cortes de mais 800 milhões de euros e agora já querem
discutir o orçamento para 2014 ? Vamos discutir o orçamento para 2013 que este
orçamento é uma autêntica bomba atómica fiscal sobre os contribuintes",
criticou.
Seguro afirma ainda
que "sobre esta matéria tem havido a maior das confusões",
clarificando que o "que o Governo quer é cortar quatro mil milhões de
euros na saúde pública, na escola pública, na segurança social pública" e
que o "PS está contra".
"Outra coisa
completamente diferente é discutirmos a modernização do Estado português. Como
é que o tornamos melhor, mais amigo das pessoas, das empresas, mais eficiente e
para isso o PS tem total disponibilidade", enfatizou.
Na opinião do líder
da oposição uma reforma destas "não se faz de afogadilho", não se faz
"em dois ou três meses".
"Isso é algo
que tem que mobilizar a sociedade portuguesa, os parceiros sociais, as
universidades, os portugueses", considerou.
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