Luís Rainha – Jornal i, opinião
Foi ideia magnífica
nomear um ex-vendedor de banha da cobra financeira para tomar conta do nosso
Tesouro. Afinal, os fabricantes de cofres contratam arrombadores para testar os
seus produtos e há hordas de hackers a labutar em empresas de segurança informática.
Tratados da arte da guerra com milénios recomendam o conhecimento do inimigo
como plano prudente. O actual (des)governo tem revelado um zelo ímpar na sua aplicação.
O PP domina agora a seu bel--prazer a economia do nosso depauperado país. Nada mais natural do que premiar o génio de um partido capaz de atrair multidões de mecenas anónimos e desinteressados, incluindo o célebre Dr. Capelo Rego – que mais dia menos dia ainda surgirá a tomar posse de qualquer coisa.
Na mesma onda, o BPN ergue-se como inevitável alfobre de talentos governativos; quem conseguiu ali criar fortunas (para si) do nada, com arte q. b. para deixar a conta ao cuidado de outros (nós), tem potencialidades para ser bom multiplicador da riqueza pública. Destes artistas, um que ainda por cima se distinguiu numa fundação luso--americana pelo fausto e pelo pagamento desavergonhado de favores políticos, está fatalmente fadado a feitos lendários nos Negócios (com) Estrangeiros.
Ministros com licenciaturas ficcionadas? Estadistas com currículos alimentados pelo generoso úbere da Fazenda? Ministras económicas com a verdade, sempre fatiada em prestações arrancadas a ferros? São os predadores perfeitos para guardar o galinheiro pejado de patos que é Portugal.
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