Sindicato
alega que ministro não cumpre orientações presidenciais
Armando
Chicoca, Manuel José – Voz da América
Os
professores universitários filiados ao Sindicato dos Professores do Ensino
Superior (SINPES) decidiram levar as suas reivindicações ao Presidente da
República já que, segundo alegam, não encontram abertura por parte do
Ministério do Ensino Superior.
O
SINPES reuniu no fim-de-semana o seu Conselho Nacional fora das suas
instalações que foram encerradas pelo Ministério e decidiu enviar um memorando
ao presidente José Eduardo dos Santos.
"O
Sindicato dos Professores do Ensino Superior vai apresentar uma exposição junto
do Presidente da República como chefe do Executivo para tomar conhecimento que
muitas das suas orientações não estão a ser cumpridas”, disse Carlinhos
Zassala, coordenador da primeira região académica do SINPES, quem recordou que
“na sua tomada de posse o presidente havia orientado para o diálogo entre os
sindicatos e a entidade patronal”.
“Só
que o Ministério do Ensino Superior não obedece as orientações",
acrescentou o sindicalista que lamentou o actual estado em que vive a grande
maioria dos professores universitários.
"Muitos
professores universitários continuam a viver em condições lamentáveis, em zonas
sem energia eléctrica e água potável e sem esquecer também a péssima qualidade
dos alunos que entram para o ensino superior", adiantou.
O
docente universitário considera que no ensino superior não se deve remediar.
Esta
opinião é partilhada por outro professor universitário, Ovídio Paula, da região
aacadémicade Huila, Cunene e Namibe que adverte para as consequências de um
ensino superior sem qualidade. "Se os problemas do ensino superior não
forem resolvidos não se vai resolver os problemas do nosso povo", avisou.
O
encerramento do gabinete do sindicato pelo Ministério não vai travar a luta
sindical, adverte o secretário-geral do SINPES Peres Alberto.
"Mesmo
debaixo de árvores, vamos trabalhar, como podem ver a nossa segunda reunião do
Conselho Nacional está a decorrer porque o sindicato existe porque são as
pessoas e não as infra-estruturas que são importantes,” concluiu Peres Alberto.
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