quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Portugal: Cerca de 700 manifestantes contra a fusão de freguesias frente ao parlamento

 

Jornal i - Lusa
 
Cerca de 700 pessoas concentraram-se hoje, ao início da tarde, em frente à Assembleia da República, em Lisboa, para se manifestarem contra a fusão de freguesias, ao mesmo tempo que a medida é debatida pelos deputados.
 
"Freguesias sim, extinção não" é o grito que, apesar da chuva, junta pessoas de todo o país.
 
Malaqueijo (concelho de Rio Maior), Montalvo (Constância), Cunha (Braga), Vila Verde (Vila Verde) e Alqueva (Portel) são algumas das freguesias hoje representadas com bandeiras e 't'shirts' e que vão desaparecer do mapa nacional, caso a reorganização administrativa do país seja aprovada na sexta-feira.
 
Dentro do Parlamento assistem ao debate vários manifestantes, incluindo dirigentes da Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE).
 
Ainda em frente à Assembleia da República, o presidente da associação, Armando Vieira, disse aos jornalistas que pretende assistir ao debate como "cidadão, de olhos abertos disciplinadamente", admitindo juntar "milhares de manifestantes" numa manifestação a convocar para dia 22, em frente ao palácio de Belém.
 
Questionado sobre se o protesto das freguesias poderá ter impacto para que a lei de fusão das freguesdias não seja aprovada, Armando Vieira disse "a esperança é a última a morrer".
 
"Vamos usar todos os meios legais ao nosso dipor" para que a reforma não avance, disse o também presidente da junta de Oliveirinha (Aveiro), referindo-se à queixa que a ANAFRE pretende entregar em Bruxelas, segundo a qual o regime jurídico da reorganização administrativa territorial autárquica viola normas da Carta Europeia de Autonomia Local.
 
O parlamento discute hoje o projeto de Lei sobre a Reorganização Administrativa do Território das Freguesias, por agendamento da maioria PSD/CDS-PP, que contém o novo mapa com a redução de 1.165 destes órgãos autárquicos.
 
O projeto de Lei n.º 320/XII e o mapa das freguesias serão votados na sexta-feira, mas o sim da maioria que apoia o Governo deixa já antever a aprovação da lei, na generalidade.
 

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