quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Macau: GIT já respondeu a relatório do Comissariado contra Corrupção sobre metro ligeiro

 


Joana FreitasHoje Macau, com foto
 
As Obras Públicas já responderam ao Comissariado contra a Corrupção (CCAC) sobre o relatório que, em Setembro, arrasou a gestão do metro ligeiro.
 
Lau Si Io anunciou ontem, no segundo dia de debate sectorial para a sua tutela, que o Gabinete de Infra-Estruturas e Transportes (GIT) “já acabou o seu relatório e vai entregar a resposta ao CCAC”.

O secretário para as Obras Públicas e Transportes apontou que “assim que houver um rumo traçado vai ser feita uma comunicação junto do público”. Esclarecimento que pode demorar, uma vez que ainda falta “uma avaliação do Governo”.

A questão do metro ligeiro – que está relacionada com a passagem do novo transporte nas Ruas de Londres e da Cidade do Porto, contra a vontade dos residentes – foi levantada por muitos deputados. José Pereira Coutinho foi um deles, que acusou o Executivo de “ignorar o relatório do CCAC” e o interesse da população. Pereira Coutinho, que se muniu de um cartaz para criticar a gestão dos transportes em Macau, questionou Lau Si Io sobre a entrega de uma resposta ao CCAC já na segunda-feira. Ontem, recebeu a resposta, apesar de se mostrar desapontado face ao facto de o relatório do GIT não ter sido ainda tornado público. “O relatório do metro já foi enviado ao CCAC, mas não deveria ser tornado público?”, disse ao Hoje Macau.

O secretário para as obras públicas adiantou ainda que, após a avaliação do Governo, vai haver uma reunião com a Comissão de Terras da Assembleia Legislativa para “que haja mais transparência”.

O CCAC não foi nada brando nas criticas que teceu ao GIT, acusando o organismo de explicações vagas, incompetências e falta de fundamentos face à decisão de contrariar a opinião dos residentes da Rua de Londres e da Rua Cidade do Porto, tendo dito ao organismo que não há razão para que o GIT tenha decidido mudar o traçado da passagem do metro da Avenida Dr. Sun Yat Sen para a Rua de Londres, na zona dos NAPE. “Não foram apresentados fundamentos convincentes nem com qualquer suporte científico e técnico”, frisava o relatório. O secretário para as Obras Públicas não avançou com datas para a apresentação da resposta.

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