sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Angola: DIFICULDADES NO RECENSEAMENTO, SURTO DE CÓLERA, MALI E ARGÉLIA DE FORA




População da província de Luanda levanta dificuldades a preparativos de recenseamento geral

17 de Janeiro de 2013, 14:54

Luanda, 17 jan (Lusa) - Residentes na província de Luanda estão a dificultar a organização do recenseamento previsto para 2014, ao confundir os agentes recenseadores com fiscais, agredindo-os, disse hoje em Luanda o supervisor do Recenseamento Geral da População e da Habitação (RGPH).

Segundo Osvaldo Mendonça, que falava à imprensa sobre o ponto em que se encontra a organização do censo, as dificuldades são sobretudo sentidas no atual processo de ordenamento cartográfico, com inacessibilidade nalgumas ruas de Luanda, particularmente nos condomínios.

As dificuldades são especialmente sentidas nas áreas do Kikuxi, Zango e Belas. Segundo aquele responsável, a população não está inteirada do que é o censo populacional, pelo que dificultam o trabalho dos agentes do RGPH, "partindo às vezes para a agressão".

"Muitas pessoas pensam que aparecemos na sua residência para demolir e tornam-se agressivos", frisou.

O processo de atualização cartográfica iniciou-se em maio de 2012 deverá estar concluído em fevereiro.

Nesta primeira contagem de pessoas e casas após a independência, o momento exato do censo será a 16 de maio de 2014.

A última contagem de pessoas e casas em Angola é do período colonial e foi feita em 1970, tendo apurado 5,6 milhões de habitantes, contra os poucos mais de 3,7 milhões recenseados no penúltimo recenseamento, realizado em 1940.

A guerra civil angolana impediu a realização de operações deste tipo e as tentativas levadas a cabo entre 1983 e 1987 não foram consideradas, por não terem abrangido todo o território nacional nem obedecido aos princípios e recomendações internacionais para este tipo de contagem, estabelecidos pelas Nações Unidas.

Relativamente aos resultados do Censo de 2013, as autoridades angolanas preveem recensear cerca de 21 milhões de pessoas.

EL // PJA

Províncias angolanas do Cunene, Uíge e Malange estão a ser as mais assoladas com surto de cólera

17 de Janeiro de 2013, 15:35

Luanda, 17 jan (Lusa) - As províncias angolanas do Cunene (sul), Uíge e Malange (norte), são atualmente as que apresentam mais casos de cólera, potenciados pela época de chuvas em curso, com 213 casos desde o início do ano, disse hoje à Lusa fonte sanitária.

Segundo o epidemiologista Eusébio Manuel, de entre aqueles 213 casos, foram registados três óbitos, todos na província de Malange.

A província de Luanda registou nas duas primeiras semanas deste ano apenas quatro casos.
A cólera em Angola tem vindo progressivamente a diminuir desde a epidemia de 2006, que então provocou 2.773 mortos entre os 69.476 casos registados.

A queda acentuou-se no período 2007-2010, quando passou dos 18.390 casos para 1955, com o número de óbitos a decair dos 515, registados em 2007, para 45, em 2010.

Em 2011, o número de vítimas voltou a aumentar e os óbitos dispararam: 183 mortos em 2.296 casos, tendo-se registado uma ligeira descida em 2012, que apresentou 135 óbitos entre os 2.198 casos confirmados.

A taxa de mortalidade da cólera em 2012 foi de 6 por cento, inferior à do ano anterior, que foi de 8 por cento.

EL // PJA

Mali e acontecimentos na Argélia fora da agenda de encontro Presidente Comissão Africana e José Eduardo dos Santos

18 de Janeiro de 2013, 11:15

Luanda, 18 jan (Lusa) - A situação no Mali e os acontecimentos de quinta-feira na Argélia não foram abordados especificamente no encontro de hoje em Luanda entre a presidente da Comissão Africana e o chefe de Estado angolano.

Segundo Nkosazana Dlamini-Zuma, que efetuou hoje uma visita de trabalho de horas a Luanda, no encontro foi debatida a situação no continente e a próxima cimeira da União Africana (UA), que decorrerá entre os próximos dias 21 e 28, em Adis Abeba.

"Era importante vir a Angola, um país importante no continente e na UA, e foi bom partilhar algumas ideias com o Presidente José Eduardo dos Santos", limitou-se a dizer Nkosazana Dlamini-Zuma aos jornalistas, no final do encontro, que decorreu na Cidade Alta.

Na sequência da intervenção francesa no Mali, islamitas atacaram um campo de gás na Argélia, onde fizeram vários reféns, e que resultou, na quinta-feira, numa tentativa de resgate por parte das forças armadas argelinas.

Segundo a presidente da Comissão Africana, os dois concluíram ser necessário analisar o estado atual da organização, missão que será desempenhada pelos chefes das diplomacias dos países membros.

"Posteriormente, os Chefes de Estado deverão fazer uma reflexão mais profunda da situação atual do continente, por ocasião da celebração do 50.º aniversário da União Africana, que se celebra a 25 de Maio, para ver de onde viemos, onde estamos e para onde pretendemos chegar", disse.

Nkosazana Dlamini-Zuma acrescentou que os desafios do continente devem ser analisados a partir dos próprios países e depois das organizações económicas regionais, e destacou a estabilidade e a segurança como fatores inerentes ao desenvolvimento de África.

EL // MLL.

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