quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

DÍVIDA PORTUGUESA PASSA BARREIRA DOS 200 MIL MILHÕES DE EUROS




Lucília Tiago – Dinheiro Vivo

Dados do terceiro trimestre de 2012 indicam que dívida atingiu os 120,3% do PIB sendo a terceira mais elevada da UE

A dívida pública pública portuguesa registou nova subida no terceiro trimestre de 2012, tendo ultrapassado pela primeira vez a fasquia dos 200 mil milhões de euros, sendo já a terceira mais elevada da UE indicam os dados do Eurostat. O desbloqueamento da quinta tranche da ajuda financeira (de 4,1 mil milhões) justificou o aumento.

Portugal chegou ao final do terceiro trimestre do ano passado com a dívida pública a atingir 2012 mil milhões de euros, correspondendo a 120,3% do produto interno bruto. Este valor traduz uma subida de 9,9 mil milhões de euros (ou de 9,9%) face ao registado um ano antes e um aumento de cerca de 4 mil milhões (2,9%) em relação ao segundo trimestre de 2012.

Este comportamento reflete o desbloqueamento, por parte da troika, de mais uma tranche do pacote de ajusta financeira a Portugal. Na sequência da quarta avaliação, o FMI, BCE e Comissão Europeia derem “luz verde” para que Portugal pudesse receber um novo “cheque” de 4,1 mil milhões de euros.

A tendência de subida das dívidas soberanas é comum a cerca de um terço dos países da União Europeia, sendo mais acentuada nos três estados que estão a ser alvo de um programa de assistência financeira. Na Irlanda a dívida aumentou 5,9% face ao trimestre terminado em junho, enquanto na Grécia subiu 3,4%. Nests dois ´países a dívida soberna representava em setembro 117% e 152,6% dos respectivos PIB.

Os dados do Eurostat registam igualmente uma nova subida na dívida pública do conjunto da zona euro, tendo esta atingido em setembro os 8524 mil milhões de euros, o que equivale a 90,0% do PIB dos países da moeda única. Em junho, o rácio da dívida da zona euro era de 89,9%.

Na UE a 27, a informação trimestral aponta também para um agravamento de 1 ponto percentual, com a dívida a atingir os 78,9% do PIB.

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