FPA – APN - Lusa
Lisboa, 25 jun
(Lusa) - O secretário executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa
anunciou hoje irá em breve à Guiné-Bissau para, com outras organizações
internacionais envolvidas na transição política no país, contribuir para a
realização de eleições ainda este ano.
Num discurso
durante o Estoril Political Forum, que decorre até quarta-feira num hotel
daquela localidade, Murade Murargy afirmou-se "pessoalmente mais do que
nunca envolvido" na questão da Guiné-Bissau" e afirmou que em breve
se desloca ao país.
O responsável da
Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) explicou que as exigências
internacionais para um pacto de regime e um roteiro para a transição foram
cumpridas, pelo que "as cinco organizações vão [ao país] para verem o que
fazer a seguir, como apoiar a Guiné-Bissau, quais os passos, quais os meios
necessários a mobilizar com vista a realizar as eleições este ano ainda",
referiu em declarações aos jornalistas.
Murargy acrescentou
que a sua viagem à Guiné-Bissau deverá ocorrer no princípio de julho.
A Guiné-Bissau vive
um período de transição, na sequência de um golpe de Estado a 12 de abril do
ano passado. Em maio deste ano, o período de transição foi alargado até final
do ano, com a comunidade internacional a exigir a realização de eleições e o
regresso à normalidade constitucional nesse período.
Sobre os recentes
incidentes em Moçambique, Murargy disse à imprensa que a CPLP está a acompanhar
a situação, embora tenha considerado prematura uma intervenção da comunidade
lusófona.
"A CPLP não
foi chamada ainda a intervir, não chegou esse momento. (...) É uma situação
interna que o país vai resolver, a CPLP está a acompanhjar a situação",
disse, reiterando não haver "nada que justifique" uma intervenção da
organização.
Os últimos dias têm
sido marcados pela tensão entre a Renamo e o Governo (Frelimo), após emboscadas
contra viaturas atribuídas à oposição que ameaçou impedir, desde quinta-feira,
a circulação na Estrada Nacional 1 (EN1), no troço Muxúnguè-Save, e na Linha
Férrea de Sena, no centro de Moçambique.
Na sexta-feira, a
polícia deteve o responsável pela comunicação do Renamo, Jerónimo Malagueta,
alegadamente na sequência das ameaças de ataques desse dia, atribuídos ao
principal partido da oposição.
Na semana anterior,
um assalto ao paiol na zona de Savane, na região de Dondo, no centro de
Moçambique, provocou a morte de sete militares.
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