Verdade (mz)
A sétima ronda de
negociações entre o Governo e a Renamo teve lugar esta segunda-feira (24) e
terminou sem que as partes tivessem chegado a um consenso sobre o pacote
eleitoral, o primeiro ponto dos quatros que a Renamo pretende que sejam
discutidos.
Depois de nas
rondas anteriores ter-se discutido, sem consenso, sobre quem devia submeter o
documento final à Assembleia da República (AR) sobre a proposta de revisão do
pacote eleitoral a delegação da Renamo, chefiada por Saimene Macuiane, diz
estar disposta a submeter, ela mesma, o documento final sobre a revisão do
pacote eleitoral, entretanto, não concorda com o conteúdo constante no mesmo.
Este não
especificou a referido conteúdo afirmou somente que o documento a ser submetido
à Assembleia da República “deve ser produto de consenso entre ambas partes.
Por sua vez, o
chefe da delegação governamental, José Pacheco, esclareceu que o ponto de
discórdia, nesta sétima sessão de negociações, surge pelo facto de a delegação
da Renamo pretender que haja “um comando do Governo a ordenar a Assembleia da
República (AR) a aprovar a proposta que será submetida ao Parlamento.”
Esta exigência é
recusada pela equipa do Governo que entende que o mesmo constitui uma ameaça
contra o princípio de separação de poderes vigente no País.
É que a AR é o mais
alto órgão legislativo no poaís e independente de outros poderes, daí que “o
Governo não pode ordenar a AR para receber e fazer passar a proposta.”
Assim, e com este
novo impasse, o terceiro em três rondas, as negociações continuaram sobre o
pacote eleitoral, pois segundo sempre avançou Saimone Macuiane, só se poderá
passar para outro ponto da agenda depois que este for resolvido
consensualmente.
Segundo o líder da
delegação governamental dos pontos levantados pela Renamo sobre o pacote
eleitoral, as partes chegaram a conclusão de que os mesmos são relevantes,
pertinentes, oportunos e urgentes para a manutenção de um clima de paz, justiça
social, democracia e realização de eleições livres, justas e transparentes.
Pacheco disse ainda
que na ronda desta segunda-feira a delegação da Renamo levou à mesa de
negociações um documento com seis pontos sobre o que pretende ver revisto no
pacote eleitoral. Destes pontos a partes concordaram em quatros pontos. Um dos
pontos recusados pela delegação governamental é referente à proposta de uma
nova calendarização das eleições.
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