quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Autoridades de Macau investigam caso de burla por médicos envolvendo 140 mil euros




Macau, China, 04 dez (Lusa) - O Comissariado contra a Corrupção de Macau investigou um caso de alegada corrupção e burla praticado por dois médicos que receberam 1,4 milhões de patacas (140 mil euros) por incentivarem pacientes a fazerem exames desnecessários em laboratórios privados.

O Comissariado divulgou hoje que os médicos, do setor privado, abordaram os laboratórios em 2012, sob pretexto que a instituição onde trabalhavam procurava os seus serviços.

Ficou acordado, sem conhecimento da entidade patronal, que em troca do encaminhamento dos doentes e acompanhamento prestado depois dos exames, os médicos receberiam uma comissão mensal.

De acordo com o Comissariado contra a Corrupção (CCAC), estes dois médicos aliciaram também outros profissionais seus subordinados a recomendar aos seus pacientes exames naqueles laboratórios, em troco de pagamento.

O CCAC concluiu que não só a instituição médica ficou lesada - já que também providenciava exames laboratoriais - como os pacientes, que foram induzidos a "efetuarem exames médicos completamente desnecessários em laboratórios privados".

No total, os dois médicos terão recebido 1,4 milhões de patacas (cerca de 140 mil euros), mas apenas 45 mil patacas (4.500 euros) foram encontradas pelas autoridades.

O caso já foi encaminhado para o Ministério Público.

Os crimes de corrupção passiva no setor privado e burla de valor elevado são puníveis com penas de prisão até três e dez anos, respetivamente.

ISG// APN

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