domingo, 6 de maio de 2012

Guiné-Bissau: PAIGC DISPONIVEL PARA SOLUÇÕES DESDE QUE CONSTITUCIONAIS



Lusa

Bissau, 05 mai (Lusa) - O PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde), maioritário na Guiné-Bissau, disse hoje estar disponível para uma solução de retorno à normalidade constitucional no país, mas recusa as propostas da comunidade regional.

Na última quinta-feira a CEDEAO (Comunidade Económica dos Países da África Ocidental) propôs que se encontre um Presidente através do Parlamento e um período de transição de um ano para a saída da crise na Guiné-Bissau, decorrente do golpe de Estado de 12 de abril.

O PAIGC, que estava no poder até dia 12, analisou sexta-feira na Comissão Permanente as propostas da CEDEAO e hoje, em comunicado, congratula-se com os esforços da comunidade regional na busca de soluções mas recorda que a Constituição da Guiné-Bissau não prevê a nomeação do primeiro-ministro por via consensual, outra das propostas da CEDEAO.

Comando Militar entende e acha normais sanções da União Europeia

Bissau, 05 mai (Lusa) - O porta-voz do Comando Militar que protagonizou o golpe de Estado na Guiné-Bissau no dia 12 de abril considerou hoje em Bissau normais as sanções da União Europeia contra a cúpula militar guineense.

Em conferência de imprensa, Daba Na Walna afirmou que a União Europeia decidiu sancionar seis oficiais superiores das Forças Armadas guineenses, entre os quais ele próprio, porque, "desconhece as motivações reais do golpe de Estado".

"Acho que são normais as sanções da União Europeia. Eu também no lugar deles tomava as mesmas medidas contra alguém que fizesse um golpe de Estado. Penso que agiram desta forma por desconhecimento da situação real, das nossas motivações, porque eles no nosso lugar também tomavam as mesmas medidas que nós acabámos por tomar", defendeu Daba Na Walna.

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