terça-feira, 22 de janeiro de 2013

“CONGRESSO BRASILEIRO É CONSERVADOR E DERROTAREMOS OS GAYS NO VOTO”




Candidato evangélico quer derrotar gays no voto. Na disputa pela presidência da Câmara, Ronaldo Fonseca diz que quer pautar propostas que opõem religiosos e homossexuais, como o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, e que não aceita “ditadura gay”

Edson Sardinha, Congresso em Foco, com foto – Pragmatismo Político

Evangélico, pastor da Igreja Assembleia de Deus, advogado e, de acordo com suas próprias palavras, “amante do debate”. Para chegar à presidência da Câmara, cargo que cobiça mesmo sem o apoio de seu partido, o deputado Ronaldo Fonseca (PR-DF) terá de superar desafios inéditos: ser o primeiro estreante e o primeiro líder evangélico a conquistar o comando da Casa. O deputado de 52 anos exerce seu primeiro cargo eletivo e promete combater os “vícios” do Legislativo, como o corporativismo, a submissão ao Executivo e a falta de discussão.

“Não serei um presidente engavetador”, promete. Em entrevista ao Congresso em Foco, o candidato diz que a frente parlamentar evangélica não pode mais “andar a reboque” e ser surpreendida com a votação de propostas que contrariam suas crenças, como as que dizem respeito aos homossexuais. Segundo o deputado, a Casa tem de aprofundar o debate e levar projetos como o da união civil entre pessoas do mesmo sexo a voto. Para ele, os militantes do movimento gay temem que essas propostas sejam votadas por anteverem o seu provável desfecho.

“Se for para derrotar, que seja no voto. Comigo é assim, é no voto. Eles não querem. Esses grupos já pegaram vício do Parlamento. Eles fazem barulho, barulho. Quando propomos ir ao plenário, aí não querem, porque sabem que vão ser derrotados. Temem a derrota porque o Parlamento brasileiro é tradicional e conservador e somos um país cristão”, declara Ronaldo.

O candidato diz que também pretende incluir na pauta de votação, caso seja eleito, outros temas que causam polêmica entre os evangélicos, como a descriminalização do aborto e a legalização da prostituição – este, objeto de projeto de lei do deputado Jean Wyllys (Psol-RJ), um dos principais representantes da comunidade LGBT no Congresso.

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