O movimento
"Que se lixe a troika", que convocou a manifestação de 15 de
setembro, vai realizar a 2 de março um protesto em várias cidades do país e no
estrangeiro para contestar as medidas de austeridade do Governo.
Num comunicado
divulgado esta terça-feira, os promotores do protesto anunciam a manifestação
para 2 de março com o lema "Que se lixa a troika. O povo é quem mais
ordena!".
Um dos promotores
do protesto disse à agência Lusa que a organizar a manifestação está um
conjunto mais alargado de pessoas do que aquela que aconteceu a 15 de setembro
do ano passado e reunir nas ruas milhares de pessoas.
"Na sequência
das marcantes manifestações de 15 de Setembro de 2012 e das subsequentes ações
no Palácio de Belém, Assembleia da República e da manifestação cultural de 13
de Outubro, somos hoje um lugar de encontro de várias correntes democráticas
anti-troika. Não temos a pretensão de representar organizações ou setores
sociais. Queremos fazer a discussão e a confluência de iniciativas com vista ao
derrube deste governo e de todos os governos colaboracionistas com os programas
da troika", lê-se num comunicado do movimento.
A manifestação de
02 de março tem como objetivo exigir "uma mudança" em Portugal e
protestar contra as medidas de austeridade do Governo e da troika, adiantou um
dos promotores do protesto.
Segundo os
impulsionadores da iniciativa, a manifestação vai decorrer em várias cidades
portugueses e no estrangeiro, estando o apelo a circular da rede social
Facebook desde segunda-feira e já conta com a adesão de mais de duas mil
pessoas.
No apelo, os
promotores escrevem que "depois de um Orçamento do Estado (OE) para 2013
que tudo destrói e nada constrói, o FMI vem dizer que ainda é pouco. Para
garantir o pagamento de juros de dívida que são um roubo impiedoso, para
continuar a salvar bancos e banqueiros, para continuar a alimentar parceiros
privados, o FMI propõe mais desemprego, reformas cada vez menos dignas, menos
serviço público, maior destruição do SNS e da Escola Pública, mais ruína e mais
miséria".
"A esta onda
que tudo destrói vamos opor a onda gigante da nossa indignação e no dia 2 de
março encheremos de novo as ruas. Exigimos a demissão do governo e que o povo
seja chamado a decidir a sua vida", referem no Facebook, sublinhando que a
manifestação será pacífica e as armas são a voz e presença.
"A todos os
cidadãos e cidadãs, com e sem partido, com e sem emprego, com e sem esperança,
apelamos a que se juntem a nós. A todas as organizações políticas e militares,
movimentos cívicos, sindicatos, partidos, coletividades, grupos informais,
apelamos a que se juntem a nós. De norte a sul do país, nas ilhas, no
estrangeiro, tomemos as ruas", adiantam.
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