AYAC – VM Lusa
Quelimane,
Moçambique, 22 jan (Lusa) - Pelo menos oito pessoas morreram atingidas por
raios, este mês, em consequência das chuvas que fustigam a província da
Zambézia, no centro de Moçambique, disse hoje à Lusa fonte oficial.
As últimas três
vítimas confirmadas foram registadas no distrito de Namacurra, no último fim de
semana, supondo-se que sejam membros da mesma família. As outras cinco mortes
ocorreram nos distritos de Maganja da Costa, Milange e Nicuadala, onde
frequentemente se registam vítimas mortais de trovoadas.
"Confirmámos
até agora oito mortes por raios. Estamos a trabalhar com outros distritos para
confirmar alguns outros casos" disse à Lusa Milton da Silva, do Instituto
Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) da Zambézia, assegurando que está
"controlada a desgraça" provocada por chuvas na região.
A previsão
meteorológica para o centro do país indica para hoje continuação de chuvas
fracas a moderadas, por vezes acompanhadas de trovoadas nas províncias da
Zambézia, Manica e Tete, situação que pode agravar o sofrimento da população na
região.
"Os distritos
estão a dar resposta à situação de calamidade ao nível local. O INGC e
parceiros estão a trabalhar para minimizar o sofrimento das vítimas",
indicou Milton da Silva, precisando que poucas famílias afetadas "estão
sem ajuda alimentar".
Das 130 famílias
vítimas de chuva e vento forte que varrem a província desde sexta-feira, 67
famílias do distrito de Milange, precisam de ajuda alimentar urgente, devido à
perda dos seus mantimentos.
Embora os níveis do
rio Zambeze, que recebe desde sábado o incremento das descargas da
Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) continuem a oscilar, vários dos seus
afluentes estão a galgar estradas e machambas (quintas), cortando estradas e
destruindo culturas, antevendo a situação de fome pós cheias.
"Hoje, ficou
cortada a estrada que liga a sede do distrito de Mopeia aos outros postos
administrativos", disse à Lusa Milton da Silva, apontando que está em
curso o plano para o apoio das pessoas sitiadas na região.
Entretanto, o
primeiro-ministro moçambicano, Alberto Vaquina, está desde segunda-feira a
visitar as zonas afetadas ou em risco no centro do país, para apurar os
estragos.
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