Ana Tomás – Jornal i - foto Manuel Almeida/Lusa
A CGTP agendou
protestos, paralisações e manifestações para todos os dias até ao final do
próximo mês
O secretário-geral
da CGTP disse esta tarde que os portugueses já partiram a corda e que está na
altura do governo abandonar o poder.
Arménio Carlos
falava no final da manifestação da intersidical, em Lisboa - uma das 23 do país
que acolheu os desfiles convocados pela central - numa alusão à declaração de Passos Coelho,ontem à noite num
discurso, no Porto, quando o primeiro-ministro afirmou que "não
exigirá mais que o necessário" aos portugueses, nem deixará que "a
corda esticada possa partir".
Para o líder da
CGTP a corda já partiu e é o executivo que insiste em negá-lo. "Será que o
senhor primeiro-ministro não sabe que a corda já se partiu há muito tempo para
um milhão e meio de desempregados", questionou o sindicalista, no seu discurso.
Arménio Carlos não ficou por aí e enumerou outros portugueses para quem a corda
já esticou demasiado: "para a administração pública que viu o seu os seu
rendimentos reduzidos, para as pessoas que entregaram as suas casas ao banco,
para os idosos, os estudantes, os milhares de jovens obrigados a emigrar, para
mais de dois milhões de pessoas que vivem abaixo do limiar da pobreza",
acrescentou.
Todas essas pessoas
justificam, nas palavras de Arménio Carlos, a demissão do governo.
"Agora é altura de o senhor partir e o mais depressa possível (...) É esse
o verdadeiro serviço que o primeiro-ministro deve prestar ao país", disse o
sindicalista.
A CGTP anunciou por
isso um mês de luta, com manifestações, protestos e greves todos os dias até ao
final de Março, com especial impacto no sector empresarial do Estado e no
sub-sector dos transportes, que já anunciou paralisações para o próximo mês.
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