Expresso - Lusa
A moção de censura
do PS contra o Governo, que consideram ter falhado todos os objetivos, será
apresentada na próxima semana e discutida na seguinte.
O Partido
Socialista (PS) vai apresentar, na próxima semana, uma moção de censura por
considerar que o Governo "falhou todos os objetivos a que se propôs",
disse hoje o secretário nacional do partido João Ribeiro.
"O PS quer que
esse Governo saia e que haja um novo Governo em Portugal, legitimado pelo voto
dos portugueses", disse João Ribeiro, numa declaração feita hoje aos
jornalistas na sede do Partido Socialista, em Lisboa.
De acordo com João
Ribeiro, a moção de censura será discutida na primeira semana de abril.
Segundo secretário
nacional do PS, o partido considera que o primeiro-ministro, Pedro Passos
Coelho, perdeu a sua capacidade de liderança, depois de várias vozes da
Comissão Política Nacional do CDS-PP terem defendido a necessidade de uma
remodelação governamental.
Maioria já não
acredita no Governo
"O PSD fala em
estabilidade, mas é o parceiro de coligação que pede uma remodelação
governamental (...) Há maior instabilidade do que uma maioria que já não
acredita no seu próprio Governo? Essa é mais uma prova que o Governo
acabou", disse hoje o secretário nacional do partido, João Ribeiro,
numa declaração aos jornalistas na sede do partido.
O PS critica ainda
o silêncio do PSD relativamente às declarações feitas por membros do partido da
coligação, considerando que "o primeiro-ministro perdeu a sua capacidade
de liderança e já nem os seus próprios ministros lhe reconhecem essa
capacidade".
"O Governo já
nem da parte da maioria tem o seu reconhecimento, tem apoio. E o fator de
instabilidade política vem do seio da própria coligação governamental e da
maioria que suporta o Governo", sublinhou João Ribeiro.
Passos em
"situação de pré-rotura"
Os socialistas
dizem por isso que o Executivo de Passos Coelho está numa "situação de
pré-rotura" e deve demitir-se "a bem de Portugal" e por isso
apresentam na próxima semana na Assembleia da República uma moção de censura.
De acordo com o
dirigente do CDS, Telmo Correia, duas das "várias vozes" que
consideraram necessária uma alteração na composição do executivo de coligação
PSD/CDS-PP foram António Pires de Lima e Diogo Feio.
Mas sobre este
assunto, de acordo com o relato feito aos jornalistas por Telmo Correia, o
presidente do partido, Paulo Portas, apenas ouviu.
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