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Os montanhistas e pedrestianistas preparam protestos contra as portagens nos Parques Naturais. O Estado cobra 150 euros por passeios a pé.
Para o dia 25 de Abril estão a ser organizadas pelos montanhistas e pedestrianistas marchas de protesto no Gerês e também na Serra de Aires e Candeeiros. O jornal Público conta, esta manhã, que se têm multiplicado os casos de tentativas de cobrança de uma portagem a quem organiza passeios, mesmo sem objetivos comerciais.
Os montanhistas e pedestrianistas não aceitam que o Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade cobre 152 euros a quem pretenda ter autorização para visitar ou realizar atividades nos parques naturais do Estado. Valor pago mesmo que o pedido seja recusado.
A polémica é antiga, já em 2009, quando foi aprovada a portaria que estabeleceu as taxas a pagar pelos serviços do Instituto de Conservação da Natureza e que impunha o pagamento de 200 euros por declarações, pareceres, informações ou autorizações para visitas, houve muita contestação.
O Governo de José Sócrates recuou e publicou uma nova versão da portaria, onde era excluído o acesso e a visita aos parques.
No entanto, e de acordo com as denúncias de 200 montanhistas do Parque Nacional da Peneda-Gerês (que enviaram uma carta à ministra do Ambiente), os serviços do Instituto de Conservação da Natureza continuam a exigir o pagamento da taxa.
Na missiva os pedestrianistas contam que no mês passado um grupo que caminhava nas Serras de Aire e Candeeiros foi abordado pelas autoridades do parque e notificado pelo facto de não ter qualquer autorização para caminhar.
Sem resposta à carta enviada em Março à ministra Assunção Cristas, estes montanhistas foram recebidos por deputados dos vários grupos parlamentares que se mostraram incrédulos e marcaram um protesto para o dia 25 de Abril.
Eles vão agora concentrar-se nas áreas protegidas da Peneda-Gerês e das Serras de Aire e Candeeiros, onde pretendem realizar uma marcha que dizem ser pela liberdade de usufruírem dos parques naturais.
Os montanhistas sublinham que não contestam a necessidade de pedir autorização para visitar as áreas mais sensíveis dos parques, não aceitam é que pelo pedido sejam cobrados 152 euros. Um valor que é dez vezes superior ao que os automóveis pagam no Verão para atravessar a mata da Albergaria, uma das áreas de proteção integral da Peneda-Gerês.
Rute Fonseca
-Título alterado por PG
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