segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Portugal: Três em dez inquiridos defende uma intervenção dos militares - sondagem

 

Luís Rosa – Jornal i
 
Alguns dos militares que organizaram o golpe de Estado do 25 de Abril, como Vasco Lourenço, têm avisado sobre possíveis intervenções militares. Questionados sobre se tal intervenção deve existir, uma forte maioria rejeitou tal hipótese. 63% dos inquiridos foram claros em responder negativamente, destacando-se os eleitores das classes com maior poder económico que votaram PSD nas últimas eleições legislativas.
 
Os inquiridos que votaram “não” destacam--se igualmente por terem 55 ou mais anos. Isto é, os inquiridos mais activos na rejeição de uma intervenção militar são aqueles que têm uma memória mais viva dos tempos quentes da Revolução que se seguiu ao golpe de Estado de 25 de Abril, quando os militares dominavam o espaço político.
 
Os cidadãos ouvidos pela Pitagórica analisaram ainda a possibilidade do meios atribuídos às Forças Armadas serem reduzidos, verificando-se uma divisão clara entre os inquiridos. Enquanto que 41,3% responderam que o governo deve reduzir os meios postos à disposição dos militares, 40,7% entendem que os meios existentes, neste momento, são os suficientes para a defesa do território nacional. Assinale-se ainda os significativos 18% que não sabem ou não responderam.
 
FICHA TÉCNICA
Estudo de opinião realizada pela Pitagórica – Investigação e Estudos de Mercado SA, para o Jornal i , entre 9 e 16 de novembro de 2012. Foram realizadas entrevistas telefónicas- CATI por entrevistadores seleccionados e supervisionados, com o objectivo de conhecer a opinião sobre questões políticas e socais da actualidade nacional.O universo é constituído por indivíduos de ambos os sexos, com 18 ou mais anos de idade e recenseados em Portugal com telefone fixo ou móvel. Foram validadas 505 entrevistas correspondendo a 79,5% das tentativas realizadas. Foi utilizada uma amostragem estratificada por quotas de sexo, idade e distrito: (homens- 233; mulheres – 272; 18-34 anos: 149; 35-54 anos : 187 e 55 ou mais anos:169; Norte: 123; Centro 56; Lisboa: 147; Alentejo: 92; Algarve: 62 e Ilhas: 25). A geração dos números móveis a contactar foi aleatória e a dos números fixos seleccionada aleatoriamente por distrito nas listas telefónicas. Em ambos os casos o entrevistado foi seleccionado de acordo com as quotas estipuladasNo caso da intenção de voto os indecisos foram distribuídos de forma proporcionalO erro máximo da amostra é de 4,50%, para um grau de probabilidade de 95,5%. Um exemplar deste estudo de opinião está depositado na Entidade Reguladora para a Comunicação Social.
 
 
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