PSP disponível para
continuar apoio a Timor-Leste
26 de Novembro de
2012, 11:49
Díli, 26 nov (Lusa)
- O diretor nacional da PSP, Paulo Valente Gomes, fez hoje um balanço
"muito positivo" da participação da força policial portuguesa em
Timor-Leste, que está disponível para continuar a apoiar o país em áreas em que
seja um "valor acrescentado".
"É um balanço
muito positivo. A PSP [Polícia de Segurança Pública] participou aqui há vários
anos em diversas missões das Nações Unidas. Nestas missões da ONU, nós
conseguimos contribuir também de forma relevante para a consolidação da
democracia e o normal funcionamento das instituições na República Democrática
de Timor-Leste", disse o superintendente Paulo Valente Gomes.
O diretor nacional
da PSP encontra-se em Timor-Leste a participar na VII reunião do Conselho dos
Chefes da Polícia da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que
começou hoje e termina na quinta-feira.
No âmbito da Missão
Integrada da ONU em Timor-Leste, que termina a 31 de dezembro, a PSP contribuiu
com 38 elementos, 21 dos quais já regressaram a Portugal.
Os restantes 17
elementos ainda destacados no país regressam até ao final do ano.
O comando da
Polícia das Nações Unidas (UNPOL) presente no país foi também entregue a um
elemento da PSP, o superintendente chefe José Luís Carrilho.
"Temos tido as
melhores referências do desempenho do senhor superintendente chefe Carrilho e
isso só nos deixa satisfeitos, porque é um excelente oficial e um excelente
representante da Polícia de Segurança Pública", disse o diretor nacional
da PSP.
Quanto ao futuro da
relação da PSP com as forças de segurança de Timor-Leste, o superintendente
Paulo Valente Gomes disse ter hoje manifestado ao primeiro-ministro, Xanana
Gusmão, e ao Presidente, Taur Matan Ruak, total disponibilidade da PSP para
"continuar a contribuir" em áreas em que pode ter "um valor
acrescentado".
"São
designadamente as áreas em que a PSP tem competências exclusivas em Portugal,
como, por exemplo, as áreas de armas e explosivos, a área do policiamento de
proximidade e formação", afirmou.
"Estamos muito
empenhados em contribuir para a melhoria da capacitação dos membros da polícia
de Timor-Leste em áreas onde temos uma mais-valia a dar, como, por exemplo, as
áreas da segurança privada, segurança aeroportuária, da formação
superior", acrescentou.
Participam também
na reunião do Conselho dos Chefes da Polícia da CPLP, o Serviço de Estrangeiros
e Fronteiras, representado por elementos destacados em Timor-Leste, e o
comandante-geral da Guarda Nacional Republicana.
Além da PSP, no
âmbito da missão das Nações Unidas, a GNR teve destacados 140 militares em
Timor-Leste, cujo contingente já regressou a Portugal, mas também esta força
está disponível para manter o apoio às autoridades timorenses.
MSE // HB.
Centenário da
guerra de Manufahi começou a ser assinalado no dia 24
26 de Novembro de
2012, 09:46
O centenário da guerra de
Manufahi e o 37º aniversário da proclamação unilateral da independência de
Timor-Leste começaram a ser comemorados em Same, no sul da ilha, com uma
cerimónia tradicional de reconciliação nacional, no sábado.
Até o dia de hoje representantes e líderes tradicionais dos 13 distritos de Timor-Leste vão reunir-se em Luak, a cerca de sete quilómetros de Same, para darem início à cerimónia tradicional de reconciliação nacional, denominada "Nahe Biti Bot".
Segundo João Noronha, sobrinho neto de D. Boaventura da Costa Sottomayor, que comandou a guerra de Manufahi contra os portugueses, a cerimónia tem como objetivo "pedir desculpas" aos descendentes do líder tradicional timorense por não terem apoiado a sua luta.
A revolta de Manufahi teve início no natal de 1911, depois da morte do comandante militar de Same, o tenente português Luiz Álvares da Silva, a mando do rei de Manufahi, D. Boaventura.
Em 1912, as autoridades portuguesas começaram as operações contra os "rebeldes" de Manufahi, que não foram apoiados por uma série de reinos timorenses.
Paralelamente à cerimónia tradicional será também inaugurada uma feira com venda de produtos e artesanato timorense.
O ponto alto das celebrações acontece na quarta-feira com a inauguração da estátua de rei de Manufahi, bem como o seu agraciamento a título póstumo com a Ordem de D. Boaventura, a mais alta condecoração do Estado timorense.
Ainda na quarta-feira é celebrado o 37.º aniversário da proclamação unilateral da independência do país (28 de novembro de 1975) com a leitura do Texto da Proclamação da Independência da República Democrática de Timor-Leste, pela Fretilin uma semana antes da invasão indonésia.
Sapo TL, com Lusa
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