Primeiro-ministro
diz que Governo não foi informado sobre moção de censura
RTP - Lusa
O primeiro-ministro
são-tomense, Patrice Trovoada, disse hoje que não recebeu nenhuma comunicação
oficial da Assembleia Nacional para estar no debate de uma moção de censura
contra o seu Governo, anunciado para terça-feira.
"O
primeiro-ministro e o Governo não podem ouvir pela comunicação social que há
uma sessão amanhã [terça-feira] para discutir uma moção de censura", disse
aos jornalistas o chefe do Governo, acrescentando que faltará ao debate
Na semana passada
um grupo de deputados da oposição anunciou a apresentação na Assembleia
Nacionalde uma moção de censura contra o Governo e que a discussão estava
prevista para terça-feira.
Patrice Trovoada
explica que "existem procedimentos" que devem ser observado e que até
hoje não recebeu da Assembleia Nacional "nenhuma carta, nenhuma informação
oficial dizendo que o Governo tem que estar na terça-feira na Assembleia
Nacional para uma discussão da moção de censura".
"Enquanto o
Governo não for notificado, o Governo não vai aparecer na Assembleia só porque
ouviu dizer que há uma moção de censura", acrescentou o chefe do
executivo.
O presidente da
Assembleia Nacional demitiu-se hoje das suas funções, alegando falta de
"espaço para tolerância e diálogo sério e honesto, bem como não gozando de
condições para continuar a presidir os destinos da Assembleia Nacional, órgão
colegial, no quadro constitucional e democrático vigente".
Patrice Trovoada
lamentou essa demissão considerando ser esse "um sinal que o país está a
entrar numa crise" cuja solução deve ser "a menos dolorosa possível
para o nosso país".
Na sexta-feira o
plenário da Assembleia Nacional são-tomense foi transformado nu autêntico
ringue com os deputados do partido do Governo envolvidos em cenas de pancadaria
com os da oposição.
O presidente da
Assembleia Nacional descreveu hoje esses acontecimentos como "um
comportamento de violência verbal e física, contrário às regras da ética da sã
convivência no relacionamento democrático e de natureza e tradição
são-tomense".
Presidente do
parlamento de S. Tomé anuncia demissão
RTP - Lusa
O presidente da
Assembleia Nacional (parlamento são-tomense), Evaristo de Carvalho, disse hoje
em conferência de imprensa que se demitiu do cargo.
"Não havendo
mais espaço para tolerância e diálogo sério e honesto, bem como não gozando de
condições para continuar a presidir os destinos da Assembleia Nacional, órgão
colegial, no quadro constitucional e democrático vigente, tomei a decisão de
renunciar, com efeitos imediatos, às minhas funções de presidente da Assembleia
Nacional", disse Evaristo Carvalho em conferência de imprensa.
O presidente
demissionário diz ter tomado a decisão "após profunda reflexão" e
justifica também que "há já algum tempo certos deputados adotaram uma
atitude de bloqueio ao funcionamento equilibrado, harmonioso e colegial"
do parlamento e uma "atitude de hostilidade e de sistemático desrespeito
pelo presidente da Assembleia Nacional".
A demissão ocorre
menos de 24 horas da data prevista para a discussão de uma moção de censura
introduzida no parlamento são-tomense por um grupo de deputados da oposição
contra o Governo.
"O nosso país
vive uma dos momentos mais críticos da sua existência como estado independente
e democrático", explica Evaristo de carvalho, adiantando que "a uma
crise económica e financeira internacional, que põe em causa a ajuda
internacional, veio juntar-se uma crise politica interna cujo epicentro se
encontra na Assembleia Nacional".
Na sexta-feira a
plenária da Assembleia Nacional são-tomense foi transformado nu autêntico
ringue com os deputados do partido do Governo envolvidos em cenas de pancadaria
com os da oposição.
O presidente da
Assembleia Nacional descreveu hoje esses acontecimentos como "um
comportamento de violência verbal e física, contrário às regras da ética da sã
convivência no relacionamento democrático e de natureza e tradição
são-tomense".
O Governo
são-tomense prometeu uma reação ainda hoje sobre esta demissão.
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