António Capalandanda
– Voz da América
"Parece que
precisamos todos os dias de novos 4 de Fevereiro"
O analista
político, Ângelo Kapwatcha, disse que apesar da conquista da independência,
Angola enfrentou um longo período de opressão, violência, cujo efeitos têm sido
aumentados pelo desenvolvimento de uma governação discriminatória e corrupta.
Kapwatcha que falava a Voz da América, a margem das celebrações do 4 de
Fevereiro que marcou o início da luta pela independência colonial em Angola,
referiu que esta data deve fazer lembrar o sonho da liberdade que norteou os
heróis da luta contra a opressão colonial portuguesa.
“ Nós em Angola não temos liberdade,” disse.
“Parece que precisamos de inventar todos os dias novos 4 de Fevereiros para
conseguirmos a emancipação total” disse o analista, acrescentando que “ o sonho
que tiveram os heróis de 4 de Fevereiro é o mesmo sonho que têm os actuais
revolucionários que estão a desaparecer, que estão a ser raptados tal como o
colono fazia.”
No dia 4 de Fevereiro de 1961, depois de esgotadas todas as restantes formas de
resistência, recorreram à Luta Armada de Libertação Nacional, como a única via
para se livrar do colonialismo português.
O Estado pós-colonial angolano nasceu do caos e da violência de uma guerra
civil que desde o início, foi contemporânea da luta pela independência e
terminou em 2002, com a assinatura dos acordos de paz de Luena.
“ Na memória de 4 de Fevereiro habita um duplo sentimento: de um lado
sentimo-nos gratos pelos esforços porque o colono saiu; de outro lado,
verificamos que os dividendos da nossa luta não estão a beneficiar todos
angolanos, está beneficiar apenas um grupo menor afecto ao MPLA,” disse o
analista
Repudiou o facto de que aqueles que fizeram do dia 4 de Fevereiro um
símbolo nacional não serem reconhecidos pelo actual governo.
“ É assim que agente vê muitos antigos combatentes entre os quais velhinhos
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